Não deixe o futuro lhe furtar do seu presente

Não sei você, mas muitas vezes o meu cérebro está querendo conversar comigo e eu me nego a querer escutá-lo. Em nome de me preservar, ele continua lutando por mim, e insistindo em conversarmos. Utiliza todos os seus recursos em busca desse diálogo; e muitas vezes, fala até por “sinal de fumaça”. Mas, como me acho de uma esperteza tamanha, eu não paro, e vou preenchendo o meu dia com tarefas sem tanta importância, para que eu tenha a desculpa de estar permanentemente ocupada, e não ter tempo para escutá-lo.

Moral da história: um dia sou paralisada pelo meu corpo; ele adoece, apresenta dores, ou simplesmente está tão cansado de responder a essa luta inglória, que me impõe a sucumbir de cansaço. E assim, derrotada pela minha celeridade, sou obrigada a escutar o que o meu amigo cérebro tem a me dizer:

Pode ser que você nunca tenha vivido essa celeridade e jamais tenha tido os sintomas dessa patologia chamada Ansiedade pelo Futuro. Mas seria legal que, se identificar essas evidências em pessoas que ama, você possa ajudá-las.

Permanecer agindo como um autômata e reproduzindo pensamentos alarmantes, preconceituosos e capazes de tirar a sua paz, acabará por comprometer o seu processo de desenvolvimento pessoal e profissional, diminuirá sua visão perspectiva, e contribuirá para que perca o seu foco.

Há uma enorme diferença entre estar voltada a uma direção de continuidade e manutenção de ganhos para a realização de seus planos de longo prazo, a viver cheia de dúvidas e angustiada por causa desse futuro que idealizou.

Na primeira situação temos a presença integral de uma pessoa, dedicada a acompanhar o desenvolvimento do planejado, reavaliar as estratégias traçadas e manter-se na direção das suas pretensões. Ela sabe que a rota traçada pode ter que ser adaptada por algumas vezes. E que haverá necessidade de permanecer em aprendizado contínuo para realizar os ajustes necessários e redefinir estratégias a serem executadas.

Na segunda situação temos uma pessoa nervosa, frustrada com o seu presente (porque nele não estão as respostas que idealizou) e, repleta de dúvidas. A importância que ela atribuiu ao futuro a está desconectando do tempo presente; e, muito possivelmente, levando-a a descuidar do que precisa ser feito, no seu agora. Começa então a imobilidade: não cria, não monitora, não lidera.

O lugar do sucesso não está adstrito ao tempo futuro.

Sucesso é fazer do presente o tempo da sua verdade. É vivenciar as mudanças de rota, do plano, com a maturidade de quem sabe que se o idealizado não se realizar, você continua tendo a oportunidade de refazer sonhos. O lugar da certeza é dentro de nós. As respostas podem vir no futura. Mas as perguntas certas, estão do lado de dentro!

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