Trabalho ou vida amorosa?

Com a urbanização e a Revolução Industrial, a estrutura patriarcal foi enfraquecida e as mulheres começaram a reivindicar um lugar com autonomia tanto na família quanto fora dela, ambiente de trabalho. A partir daí, as famílias passaram a ter uma nova configuração onde ambos os cônjuges trabalham fora de casa.

Nesta mesma época, outra grande mudança ocorreu no casamento: as famílias pararam de escolher os cônjuges de seus filhos por interesses políticos, financeiros e até mesmo com base nas relações de parentesco. Essa liberdade da escolha amorosa ganhou força a partir da década de 60.

A mulher continuou submissa juridicamente ao marido até os anos 70. A partir deste momento, a presença dela em alguns espaços públicos foi liberado. Para as mulheres dos séculos anteriores, o casamento significava a única forma de ter relação sexual. Com a independência, vieram outras conquistas: o controle da gravidez e o consequente adiamento da maternidade, abriram espaço para as mulheres adentrarem o universo dos estudos, do trabalho e, enfim, escolher por investir em uma carreira.

Todas estas conquistas trouxeram um novo dilema entre a mulheres que brigam diariamente por seu espaço no mercado de trabalho: deixar de lado a vida amorosa.

Algumas tomam conscientemente a decisão de não ter relacionamentos fixos para que não tenham que fazer a famosa escolha: Eu ou O Trabalho? Para essas mulheres a carreira é importante: seduz, envolve, dá alegrias e traz desafios. O problema é quando só se gasta tempo e energia só com trabalho, deixando de equilibrar com outros aspectos da vida.

Mesmo as casadas ou as que namoram, precisam ficar atentas para não caírem nas armadilhas dos excessos, pois deixar de fazer hobbies, programas com os amigos e com a família, são os primeiros sinais que está na hora de pisar no freio, ser workaholic traz consequências, se tornam pessoas pesadas devido à obsessão pelo trabalho. Mas, as principais consequências, são consigo mesma: relaxam na saúde, ganham peso e até dores musculares que nunca passam, pois nunca têm tempo para atividade física, além de passarem horas do dia sentadas.

Pesquisas indicam que mulheres que fazem pausas para ler, viajar, descansar, rir e até namorar são profissionais mais produtivas e felizes e sabe por quê? Porque possuem uma vida mais prazerosa.

Trabalho demais, diversão de menos não fecha a conta. A busca pelo equilíbrio sim, mas para isso nós mulheres precisamos saber identificar nossos limites. Como já dizia minha avó: “Felicidade vai de pessoa para pessoa, mas todo mundo sabe o que não é felicidade”.

Então coragem, e escolha ser feliz empreendendo, pois conquistamos muito nas últimas décadas. E como já é março, Feliz dia da Mulher!

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