O vazio de uma vida ocupada demais

Tempo. Ouço todos os dias, do outro lado da tela, já que trabalho de forma remota, que ali está uma pessoa que precisa de tempo. Cansaço, então, cumprimento oficial junto com o bom dia – boa tarde – boa noite. Em algumas vezes, alguém que até tem o tempo que se queixa para o devido repouso, porém, como falamos reiteradamente aqui, corre para várias direções com um total de zero estratégias.


Foco confundido com hiperfoco. Salvo raras exceções, o hiperfoco tira a capacidade de interlocução, de aprendizagem, de revisar onde pode fazer melhor e, principalmente, de ser uma pessoa mais coerente e gentil consigo. Compreensível, cada negócio, independente do porte, tem metas a bater e boletos a honrar.


Expectativas irreais, cérebro e corpo que não desligam, brigando entre si. Tanto por fazer, que quando você investiga um pouco a mais, a empreendedora segue no plano das ideias que ainda não se autorizaram a sair do papel. Falo aqui de mulheres em maioria multitarefas, dentro e fora de casa, exaustas de forma legítima por esse único recorte e que pensam “se dá certo nestes campos, por qual motivo haveria de ser diferente nos negócios?”.


(minuto de silêncio em respeito ao estrondo que uma pergunta dessas provoca quando chega sem avisar e você se recupera enquanto me lê).


1) Aprenda a desaprender.


2) Aprenda, depois, a aprender sempre, sobre muito, sobre assuntos diversos.


3) Horizontalize as fontes de informações e de pessoas que lhe inspiram.


Feito isso, você estará em condições de reconhecer que convém um valor inestimável: humildade para reler o elencado acima e sabendo pedir ajuda e orientação. Não romantize uma vida ocupada de agenda apertada. O nome disso não é sucesso nem trabalho de excelência.


Um grande abraço de quem também um dia já não teve tempo de relógio.


Até sexta 🙂

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