Quando o óbvio precisa ser dito!

Você sabia que por vezes somos reféns da nossa própria presunção? Temos tanta necessidade de parecermos confiantes, corajosos e competentes que esquecemos de falar, praticar o óbvio e aceitar o óbvio.

Você ainda não compreendeu o que eu quero dizer com isso? Provavelmente, porque ainda não está obvio! Compreende!?

É simples assim. Mas, para explicar algo parece que sempre estamos determinadas a, antes (de dizer o que realmente queremos), mostrar o quanto sabemos; marcar de importância o que tentamos dizer; e no final das contas, acabamos por correr o risco de, até, “não dizer o que tinha que ser dito”.

Seria maravilhoso que as pessoas pudessem compreender, sem que pudéssemos explicar. Mas, se isso está longe de acontecer, também é muito improvável que elas compreendam quando, de fato, não dizemos o que queremos.

Essa é a diferença entre comunicar e ser assertivo. Quem “só” comunica, por vezes se explica e nem sempre, objetivamente, diz o que precisa.

Costumo dar um exemplo que entendi deixar claro isso: Você tem uma pessoa que trabalha na sua casa e cuida da limpeza e cozinha. E todos os dias, você a instrui sobre o que fazer. Numa quarta feira a instrução é: – Joana, faça o almoço, limpe as janelas e lave todos os banheiros. Quando retorna ao meio dia, a mesa está posta e tem um frango douradinho e com batatas para o almoço. Mas ao vê-lo, seu descontentamento é evidente! Segunda o almoço fora frango ensopado, terça fora arroz com galinha.

Mas, na sua opinião, quem não agiu corretamente? A secretária que fez o almoço, como foi pedido, ou você, que fez uma solicitação genérica e nada assertiva? Sobre ela, podemos dizer que apresenta uma certa falta de criatividade. Mas de você, podemos dizer que ao se poupar de dizer o óbvio, recebeu o genérico e diverso de sua expectativa.

O problema da expectativa não está nela em si, mas em guarda-lá só para você e acreditar que o outro tem a responsabilidade de adivinhar ou corresponder.

Da próxima vez talvez seja melhor dizer o óbvio, do que passar pela raiva, frustração, descontentamento ou qualquer outro sentimento, que você poderia ter evitado se tivesse sido óbvia.

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