Precisamos nos perdoar com mais frequência

Eu lembro a primeira vez que eu pensei sobre autoperdão. Eu fiquei incrédula sobre o fato de até então não me dar segundas chances, mesmo que eu desse três ou quatro chances para outras pessoas. Como é que eu nunca tinha pensado em autoperdão antes? Perdoar é uma parte tão importante de quem eu sou e dos meus valores. Ainda assim, eu tinha esquecido de mim.

Nós, humanos, estamos constantemente tomando decisões, algumas boas e outras ruins. Se você é ansiosa como eu, as memórias das más decisões podem assombrá-la às 3 da manhã, anos depois.

Com a mesma intensidade que elogiamos as pessoas incríveis ao nosso redor, nos comparamos e nos desvalorizamos quando se trata de nós mesmas. Depois de um certo evento que me deixou muito abalada e me fez me culpar de maneira não saudável por dias, decidi virar a chave.

Não importa o tamanho do problema que eu criei, eu aprendo a lição e sigo em frente de cabeça erguida. Eu foco na solução e não no meu erro. Mantenho um diálogo de autoperdão comigo mesma ao longo desse processo. Uma Beatriz que se perdoa é muito mais produtiva que uma Beatriz que apenas se martiriza e chora pelos cantos.

E o perdão mais importante é aquele com você mesma. Porque como eu disse antes, tem dias que a gente acerta e tem dias que a gente erra. Querer cobrar perfeição é insustentável.

Se somos as autoras de nossas vidas, podemos muito bem nos dar outra chance e sermos mais gentis com nós mesmas. É tão inútil gastar tempo e energia rebobinando essas memórias apenas para nos jogar para baixo.

Então, quando se trata das más decisões do passado, é importante lembrar que está tudo bem. Desde que você tenha aprendido algo com isso. Avalie suas ações e veja como ela pode ser uma semente para crescimento pessoal e autoconsciência.

Sempre que você sentir vontade de se martirizar, respira fundo e lembra que estamos todos neste planeta para viver uma vida completa, que inclui cometer erros e ver a merd* bater no ventilador, porque só assim aprenderemos certas coisas.

Se não houver erros, não há crescimento.

Artigos relacionados

Comentários