Cansei de ter que…
Já reparou que algumas pessoas nos solicitam coisas muitas vezes absurdas? E o pior: no corre corre diário, a gente nem percebe que está atendendo às necessidades dos outros, vivendo no piloto automático e repetindo ações que no fundo, nem concordamos.
São inúmeros os motivos para continuarmos nessa prática, não vou me ater a eles aqui. Esse texto é um misto de desabafo e alerta. Desabafo porque sabe aqueles dias em que a gente se pergunta: “quero entrar nessa vibração?”. E alerta no sentido de abrirmos os olhos para identificarmos práticas que nos fazem perder tempo na vida pessoal e nos negócios.
A proposta aqui não é criticar o comportamento das pessoas, ou mesmo impor minha rotina ou pensamento como ideais. O convite é sem dúvida para a reflexão, afinal o que serve para mim, obviamente pode não servir para você.
Então, esse artigo é para relatar que CANSEI. “De quê?”, você deve estar se perguntando agora. Aliás, chega a ser arrogância de minha parte imaginar que o meu cansaço interesse a alguém…, de qualquer forma, descrevo a seguir algumas situações do cotidiano atual que merecem no mínimo uma boa avaliação de nossa parte.
CANSEI DE “TER QUE…”
1. Explicar porque li uma mensagem e não respondi, quando o óbvio impera: se não o fiz é porque esqueci, não tive vontade, motivo, tempo, não dei prioridade, fingi que não vi… Não há necessidade de quem a enviou perder tempo perguntando o motivo de não termos respondido, basta a pessoa enviar outra mensagem, lembrar a gente, ir direto ao ponto. Quem nunca esqueceu de responder um zap, minha gente?
2. Desejar parabéns para alguém, em algum grupo ou rede social, somente porque vi que era seu aniversário. Atire a primeira pedra quem nunca viu a informação mas estava com pressa, cansada de digitar, ou não queria escrever naquele momento. Na minha mente, eu posso desejar as bênçãos em memória, não sendo necessária a escrita. Se a amizade for questionada por essa falta de registro, questiona-se aqui se valia mesmo a pena escrever.
3. Comparecer a um encontro com pessoas que, após os cumprimentos formais, e antes mesmo de me perguntarem se estou bem, solicitam para tirar uma foto (que no fim são umas 10), para postar nas redes sociais… Eu sinceramente já começo a ficar mal humorada quando isso ocorre…
4. Postar detalhes da minha vida privada: treino, viagens, problemas, somente para “humanizar” meu feed. Eu sou humana, e entende-se com isso que não sou perfeita, portanto, minha rede social pessoal não tem paleta de cores coordenadas. É real e ponto. Um dia está perfeita, no outro não, e tudo bem.
5. Aturar futilidades e excessos. Podia tentar me esquivar e colocar a culpa na idade, mas uma grande amiga que tenho, me lembra sempre que tem a oportunidade, que, desde a vida toda, eu sou rabugenta. Há vida acontecendo de verdade fora dos stories minha gente!
6. Ver fotos lindas em alguns perfis, com textos maravilhosos e promessas fantásticas, e saber que tudo aquilo é uma farsa, porque eu conheço a pessoa, sei da vida dela e sei que é mentira (por conta disso, me abstenho de fazer comentários no post). E isso me faz refletir: quantas pessoas (provavelmente até algumas que admiro bastante, mas não as conheço pessoalmente), apresentam perfis “perfeitos” mas que não correspondem ao que vivenciam?
7. Lidar com empreendedores que menosprezam quem está começando, que menosprezam quem tem poucos seguidores nas redes sociais, …, enfim, que se acham “a tampa” somente porque têm mais dinheiro, mais likes, mais seguidores…
8. Aguentar gente que se sente superior às demais, somente porque tem uma alimentação diferenciada da minha. Aproveito o parágrafo para incluir os iluminados que se julgam melhores por praticarem alguma terapia, exercício, religião ou maldade, diferente das que eu pratico.
9. Manter uma conversa séria com quem sempre quer ter razão. Sou mestre em identificar uma competição durante uma conversa. Antigamente eu caía nessa armadilha, hoje, quando percebo isso, ajo de forma muito simples: faço questão de perder. Deus me livre de gente que tem todas as certezas.
Enfim, vou parando por aqui… a ideia com esse texto é a de despertar uma conversa interna com você mesma. Acima eu descrevi o que me incomoda, o que hoje me deixa cansada… Não significa que tenho razão, significa o meu pensamento hoje.
E você? Percebeu alguma identificação nas frases acima? Ou, depois de tudo o que leu, concorda com a minha amiga e também acredita que não passo de uma rabugenta? 😊
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