Autoestima: o grandioso ato de gostar de si mesma


Janeiro é mês de intenso trabalho de escuta: lembra da nossa última coluna – A vida insiste – onde pedia cautela sobre as resoluções de fim de ano e o que elas carregam em si de exigências?

Para quem aí faz psicoterapia, sabe que contar a própria história ou ideia, até fazer sentido a escuta de si, quantas vezes forem necessárias, é balizador não somente deste processo, mas também do viver. Em consultório, cara empreendedora, temos “velhos novos” temas e um deles me parece oportuno trazer para a nossa conversa semanal do Donadelas: autoestima.

Autoimagem é Autoestima?

Construir, sustentar, uma imagem realista: bem-estar. Se a autoestima é a estima de uma pessoa por si mesma, é comum a indissociação de aspectos estéticos e, além da aparência, autoestima é mais do que se achar bonito; é se gostar, se sentir confiante, inteligente, ter orgulho de ser quem é.

Importante destacar que não é sinônimo de autossuficiência, de se achar superior aos demais, pois se trata de uma questão pessoal, interna, que em nada leva em consideração aos outros. Ouço também em atendimento que autoestima elevada fecha os olhos para o que precisa lapidar e é uma linha de raciocínio questionável: exatamente pelo fato de um indivíduo se cuidar é que, em tese, o impulsiona a evoluir cada vez mais.

Como se constrói esse eu? O outro me espelha, através do corpo dele e da alteridade (a natureza ou condição própria de outra pessoa). Há, também, a correspondência direta entre quem eu sou mediado pela cultura em que estou inserida. O modo de ser , tal qual uma colcha de retalhos, é obtido a partir de uma opinião pública, dizendo quem eu sou. A ideia de si, na maior parte do tempo, é bastante insegura.

Autoestima é além de esteticamente sentir-se bonita sentir-se bem é mais bonito!

Essa ideia nos afasta ainda mais do sentimento de autovalorização. A melhoria da autoestima tem sido aclamada como item essencial de felicidade. Vou explicar melhor: depois dela vivenciamos a vida em sua plenitude. Não há dúvida de que ter autoestima é algo importante e potente na construção de uma genuína relação saudável corpo/mente.

Uma das leituras possíveis para Autoestima é de sentimento de satisfação e contentamento de um indivíduo, ciente de suas habilidades e qualidades, portanto seguro com seu ser e agir. Desta forma, autoestima elevada não se limita na ideia de se achar fisicamente bonito(a) e gostar do espelho, O mercado da estética é um exemplo clássico do que mencionei acima. Tende-se a empregar um construto de autoestima baseado na simples satisfação com a boa aparência, alcançável por meio de produtos e procedimentos estéticos na promessa do tão sonhado amor-próprio.

Portanto, ter ciência de quem se é, se gostando e até feliz (!) sendo você, nas qualidades e pontos a desenvolver, é pré-requisito para uma vida plena. Isso não significa que não irá passar por problemas e sim que irá enfrentá-los de modo confiante.

Para a próxima semana, uma “palhinha” do nosso papo: quando um desafio surge na vida de uma pessoa, o primeiro fator que a move para superá-lo é a crença que consegue. Pense nisso com carinho!

Boa leitura e boa semana para nós!

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