A zona proibida para qualquer empreendedora

Neste país a gente precisa matar um leão por dia para sobreviver. Quando se fala em empreendedorismo, no entanto, a conta é outra! É preciso matar dois ou três leões diariamente, diante de tantos desafios que enfrentamos no nosso dia a dia empresarial.

Para nós, mulheres, a situação se torna ainda mais difícil. Põe mais um ou dois leões nesta conta, porque temos que cuidar também, e com o mesmo afinco e dedicação, de nossas famílias e de nossas casas! É dose para leão!

Eu acredito firmemente no empreendedorismo feminino justamente por isso. Nós, mulheres, estamos acostumadas pela vida a nos doar por completo, a defender, com unhas e dentes, os nossos objetivos, sabemos como ninguém como cuidar do próximo. E é justamente por conta disso, dessa saraivada de desafios, destes compromissos inadiáveis, que nós, empreendedoras, temos apenas uma zona proibida que não podemos frequentar. Um lugar único onde não podemos tocar sequer com os dedos dos pés.

A zona proibida para as empreendedoras

A zona proibida para as empreendedoras (e empreendedores também) é a zona de conforto. Esta mesma, a zona da acomodação, do bem-estar, do “deixa como está porque está bom”. A zona de quem não tem compromisso em fazer melhor, com a superação.

A zona de conforto é o melhor lugar do mundo para quem quer ficar estagnado. É mesmo um lugar muito confortável, e parece ser muito seguro, mas não se deixem enganar: de segurança a zona do conforto não tem nada!

E sabe por quê? Porque a vida é dinâmica, o mundo não para, o mercado está sempre em ebulição, e a zona de conforto não leva isso em consideração. Quem ali se deita acha que está tudo bem, e o pior, que tudo continuará como está, e nem sempre é assim. De um dia para o outro, num estalar de dedos, a zona de conforto se esvai, não tenha dúvidas disso.

Onde fica a zona de conforto?

Mas onde fica a zona de conforto? É preciso, sim, identificá-la sempre, para que a gente não chegue nem perto dela.

A zona de conforto está localizada, por exemplo, nos resultados das vendas regular e que dão um lucro razoável. Imagine, para que mexer nisso? Para que pensar em novas estratégias de vendas, investir em marketing digital, contratar um ou dois novos vendedores, treinar minha equipe? Para que investir mais no pós-venda para fidelizar o cliente? Para que rever a minha precificação, renegociar um contrato com um fornecedor? Para que me movimentar se as vendas estão boas e minha empresa está no azul?

Manter as operações da sua empresa exatamente como sempre foram é lugar da zona de conforto. Para que eliminar desperdícios, reestruturar minha equipe, adotar boas práticas do mercado? Para que rever minha logística se os resultados estão no azul e eu não tenho dor de cabeça?

Como sair da zona de conforto?

Também sou empreendedora, e apoiar o empreendedorismo é uma das maiores paixões da minha vida. Por isso, não estou imune aos desacertos da atividade empresarial. Sei muito bem o perigo que é morar na zona de conforto, mas também sei que muitas vezes acabamos visitando-a por puro comodismo. Como evitar?

A insatisfação é a grande inimiga da zona de conforto. Acreditar que a gente sempre pode mais, que sempre é possível subir mais um ou dois degraus, é a melhor forma de afastar a zona de conforto de nossa vista.

Esteja sempre atenta ao novo. Pesquise. Leia. Preste atenção na concorrência, ouça o seu cliente. Mantenha sua equipe longe da zona de conforto, dê o exemplo e leve-os para a zona do desafio. Lá, é possível crescer, inovar, aprender e, sobretudo, empreender!

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