Você tem medo do novo?

Sempre que surge uma nova tecnologia surgem com ela inúmeros desafios relacionados aos comportamentos sociais, éticos e até mesmo religiosos. Isto ocorre porque o seu impacto transforma a nossa realidade estimulando novas formas de aprender e fazer.

Mas saibam que sempre foi assim, desde que o mundo existe. A cada processo de evolução e transformação industrial, as mudanças geravam desconforto tanto naqueles que acreditavam que ela seria transformadora, quanto nos céticos que se alimentavam dos insucessos.

Lembrei dos corajosos e inovativos norte-americano Charles Field e britânicos Charles Bright, John e Jacob Brett sobre a decisão de investir e lançar um cabo submarino para expandir a comunicação, via telégrafo, a outros continentes. Isto em 1858, em que ninguém acreditava que uma engenharia como essa poderia ser concretizada.

Esse é um exemplo de tantas outras inovações do passado que foram construídas a partir de sonhos, incertezas e medos.

Hoje o que nos diferencia das experiências passadas é que as transformações estão cada vez mais aceleradas e os medos de quem a produz estão cada vez menores, sendo transferidos para quem as consomem.

Quando menos se espera um novo produto surge trazendo inúmeras vantagens, mas também alguns impactos negativos, que geram incertezas. Assim como no passado, novos recursos tecnológicos são criados a todo o momento e a resistência preliminar a eles não mudou.

Como há uma relação indissociável entre a sociedade e as novas tecnologias, a resistência a um produto novo acaba provocando sentimentos diversos como a ansiedade e o medo. E esta situação está tão delicada que os estudiosos do comportamento têm dedicado horas de estudos sobre esses temas.

Dentre as doenças e fobias existentes nos campos da psicologia e do relacionamento interpessoal a tecnofobia tem se manifestado de forma recorrente, especialmente entre as pessoas de idade mais avançada ou de baixa qualificação. Para entender melhor, o termo tecnofobia significa medo ou aversão a um determinado tipo de tecnologia ou vários, por motivos como: perda de privacidade; traumas; religião; sentimento de incompetência; ou medo de ser substituído por uma máquina.

Mas não precisamos ficar assustadas. A tecnofobia é um caso extremo.

A resistência ao novo é muito comum entre as pessoas de todas as idades. A atenção deve estar quando ela começa a atrapalhar o dia a dia da pessoa. Neste caso, ela passa a ser uma questão que deve ser tratada psicologicamente.

E pensado nas transformações do mundo moderno. Você, já sentiu medo de alguma nova tecnologia? Já sentiu vergonha por não saber dominar um equipamento ou um recurso digital? Pois saiba que isso é muito comum e pode ser facilmente superado se se dispuser a errar e aprender com os erros.

Quando estou descobrindo algo novo costumo utilizar a técnica muito comum nas crianças: simplesmente tentar sem medo ou juízo de valor. Como já disseram, só erra quem faz e o medo só será superado se tentarmos.

Sucesso.