Velhas e novas gerações – desaprender para reaprender
Há dois anos, tive a oportunidade de participar de um evento sobre Educação com o tema “Desaprender para Reaprender”. Foi uma experiência enriquecedora, na qual discutimos amplamente a importância de abandonar velhos paradigmas para assimilar e assimilar novos conceitos. Em outras palavras, manter a mente aberta para absorver uma variedade de informações, filtrá-las e transformá-las em conhecimento. Uma proposta fascinante para aqueles que desejam adquirir novos conhecimentos.
Entre as diversas palestras, destacaram-se a importância das habilidades interpessoais para enfrentar os desafios do trabalho e as inovações previstas para o ano. Vale ressaltar que, naquela época, tecnologias como a IA, a Computação na Nuvem e o 5G eram as novidades do momento, antes mesmo do lançamento do Chat GPT.
Mas por que estou mencionando inovações que já têm dois anos para falar sobre “Reaprender”? Porque quem poderia imaginar que essas novidades estariam tão integradas às nossas vidas em tão pouco tempo, a ponto de destacar o tema “Desaprender para Reaprender”.
Reparem que usei a palavra “antigas” para descrever as tecnologias lançadas em 2022. E é exatamente isso: inovações lançadas há dois anos agora são consideradas antigas por muitos profissionais e jovens das Gerações Z e Alpha. E para nós, das Gerações X e Y, elas são realmente antigas? Talvez.
Portanto, o desafio é desaprender o que aprendemos até agora, abrir nossas mentes para o novo e reaprender tudo o que a Transformação Digital e as exigências do mundo moderno têm a oferecer.
Confesso que, para quem já passou dos 60 anos, não é uma tarefa fácil se adaptar a essa constante necessidade de aprendizado, especialmente considerando a rapidez com que as coisas mudam.
No entanto, arrisco dizer que o aspecto mais importante desse processo é o desenvolvimento de um senso crítico sólido para discernir o que é relevante para nossa vida profissional, empresarial ou pessoal. Com a avalanche de informações, precisamos ser seletivos em nosso processo de reaprendizagem.
Embora possa parecer confuso ou contraditório, o ato de desaprender para reaprender é fundamental para nossa adaptação a este mundo tão inovador.
E para continuar essa reflexão, na próxima semana discutiremos um estudo lançado em 2023 por uma universidade americana, que revela como o uso intensivo de tecnologias e redes sociais está impactando o cérebro das pessoas, especialmente dos jovens, tornando-os mais sensíveis às interações sociais. Seria isso um processo de “desaprendizado”? Ainda não sabemos.
O importante é estabelecermos um filtro sobre o que é ou não é relevante para nossa vida pessoal ou profissional.
Vamos refletir.
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