Uma pequena dose de inteligência artificial

"Robôs utilizando tecnologia de inteligência artificial para manipular dispositivos eletrônicos"

Na semana passada foi divulgado os nomes dos cientistas vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2024. E como não poderia ser diferente a Inteligência Artificial foi a base das pesquisas do norte-americano John Hopfield e do britânico-canadense Geoffrey Hinton.

Os surpreendentes avanços de machine learning (aprendizado de máquina), baseados em estudos das redes neurais, estão revolucionando a ciência e a engenharia dando velocidade na análise de um gigantesco volume de dados com a precisão que nenhum ser humano será capaz de alcançar, pelo menos por enquanto.

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física, mesmo trabalhando distantes, desenvolveram um modelo de rede neural que imita o funcionamento do cérebro humano permitindo o armazenamento e processamento de informações que facilitam a execução de funções, como aprendizado e memória, tornando as máquinas cada vez mais autônomas.

Ao mesmo tempo em que vivemos uma revolução tecnológica brilhante nos deparamos com as incertezas de como será o nosso futuro com as máquinas dominando tudo e tomando decisões por nós. É a ficção concretizada no cotidiano.

As frases declaradas citadas pelo cientista Geoffrey Hinton, em entrevistas, nos deixam mais assustadas quando afirma que “de repente percebeu que essas coisas estão ficando mais inteligentes do que nós”. Ele, no ano passado, declarou à CNN que as máquinas terão o poder de nos controlar “sabe como programar, então ela descobrirá maneiras de contornar as restrições que colocamos nela. Ela descobrirá maneiras de manipular as pessoas para fazer o que ela quer.”  Um pouco assustador, não é mesmo?

O fato é que a IA é muito importante para o desenvolvimento de inovações em diversos campos de pesquisas sobre saúde, engenharia, agricultura, comunicação e outros setores. O que preocupa é até onde vai a curiosidade e o poder do homem em querer transformar uma máquina em um ser autônomo?

A mesma pessoa que desenvolve a pesquisa é a mesma que alerta para seus riscos.

Assim, só nos resta lembrar da velha frase do médico cientista Paracelso: “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”.

Que a dose de Inteligência nos traga mais benefícios que malefícios.

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