Qual o melhor momento para inovar?
O mundo está em constante processo de inovação. Isso não é novidade e certamente você já deve ter ouvido dizer que precisamos inovar para nos mantermos competitivos no mercado.
Qual a melhor idade para fazer uma harmonização? Qual a melhor idade para casar-se? Qual o melhor momento para captar recursos financeiros? Qual o melhor momento de inovar na minha empresa?
São tantas reflexões que a decisão sobre por onde começar acaba sendo difícil e muitas vezes um fardo.
Nesse universo de questionamentos e informações é muito importante você parar e refletir sobre o quão relevante você e a sua empresa estão sendo para o mercado. O mundo está em constante mudança e o seu mindset também precisa mudar.
Lançando mão de alguns conceitos, você certamente já deve ter ouvido falar que todo produto ou serviço passa por um ciclo de vida. Esse é o ciclo da Inovação e ele pode ser aplicado em tudo, inclusive na nossa vida.
Sua proposição remete a Theodore Levitt, economista alemão radicado nos Estados Unidos, com atuação destacada junto à Harvard Business School.
O ciclo se caracteriza pela definição de cinco diferentes fases, sendo que cada uma delas possui exigências específicas tanto para estratégia quanto para o marketing. São elas: desenvolvimento; introdução ou nascimento; crescimento; maturidade e declínio.
Ao compreender cada uma dessas fases de forma clara, fica muito mais fácil estabelecer também quais são as ações necessárias para inovar num produto, serviço, marca ou mesmo na vida.
Vamos à prática. O dia a dia nos mostra que muitos negócios tradicionais são cada vez menos procurados, enquanto os negócios inovadores estão ganhando mais espaço no mercado. A razão disso é que as necessidades e desejos dos consumidores vão mudando com o tempo e aquilo que você desenvolveu, introduziu no mercado e viu crescer, se não passar por um processo de inovação, acabará obsoleto em um curto intervalo de tempo.
Em minhas palestras sempre pergunto qual o melhor momento para inovar, em que fase do produto ou da empresa, e muitas vezes escuto que o melhor momento é na fase da maturidade ou do declínio.
Na fase de maturidade é comum que as empresas experimentem picos de lucro, o que pode vir a gerar uma certa estabilidade ou conforto nos negócios e, algumas vezes, acomodação. Esse pode ser um estágio arriscado para seus negócios.
Pensar que esse é o melhor momento de inovar é um equívoco, pois os custos de retomada do produto ou da empresa podem ser altíssimos. Afinal, a concorrência tenta ocupar o seu lugar e está atenta para isso.
Sentar-se na zona de conforto e deixar de lado a inovação pode representar um atalho para encontrar o declínio muito cedo.
Neste mundo de inovações, existem produtos que já nascem com esse DNA e os caminhos para melhorarem suas performances estão cada vez mais curtos e os clientes cada vez mais antenados com a oferta de novidades.
Mas voltando à empresa tradicional que deseja inovar, o melhor caminho é analisar em que fase do ciclo de inovação está a sua empresa e os produtos ou serviços que ela está ofertando.
Mapear os clientes e seus desejos é a principal tarefa para quem deseja ofertar valor para o mercado.
Para se tornar uma empresa inovadora é importante aprender a identificar quais tendências estão ou estarão em evidência nos próximos anos e, assim, criar uma proposta de valor que seja atraente e sustentável ao longo do tempo.
A literatura recomenda que os melhores momentos para inovar são nas fases de introdução e crescimento de um produto. Nessas fases o conhecimento do cliente, a aceitação do novo produto ou marca, pelo mercado, podem proporcionar maior flexibilidade para investir em mudanças. Tudo vai depender da observação de como o produto está sendo aceito ou consumido.
Mas isso não impede que você incremente inovações em seu negócio antes que ele chegue na fase do declínio.
Não é uma tarefa tão fácil, pois ela parte da decisão do empresário em querer mudar. E quando a zona de conforto está instalada é muito mais difícil. Como dissemos no artigo anterior inovar é uma questão de atitude.
Uma dica é você buscar ajuda de um consultor. Mas se não for possível, você tem o melhor consultor que a sua empresa precisa, o seu próprio cliente. Pergunte a ele quais os motivos que o fazem consumir seus produtos, o que pode ser alterado na experiência de vendas e o que de novo ele gostaria de ver.
Lembre-se também que antes de ser empresária você também é um consumidor, com necessidades e expectativas a serem atendidas. Pense como um deles.
Sucesso!
Comentários