O preço da felicidade

Este é um estado, sensação, momento desejado e perseguido por todos. Não há uma roda de conversa entre amigos que o assunto não surja, seja por descrever o que se acha sobre ou por suspirar dizendo o quanto se deseja alcançar a “tal” felicidade e nos últimos anos esse assunto chegou nas empresas onde discutimos a felicidade no ambiente de trabalho.

Não quero falar de um ambiente exato, mas sim do quanto você, eu e todos estão dispostos a pagar o preço da felicidade. Sim caras leitoras, será que estamos prontas para pagar o preço de sermos felizes? O fim de ano se aproxima e é comum fazermos o balanço de nossas conquistas e o que deixamos de conquistar, mas nessa balança temos o hábito de considerar mais as “não conquistas”. E não acha estranho querermos tanto a felicidade e só enxergarmos as coisas ruins?

Como já é de senso comum cada um tem um conceito do que é felicidade, mas outra coisa muito comum é as pessoas sempre colocarem um marco para começarem a ser felizes, tipo “quando eu tiver X/Y de dinheiro”, “quando eu me aposentar”, “quando eu encontrar uma pessoa”, “quando eu tiver aquele emprego…” e “quando virar o ano tudo vai mudar” poderíamos descrever muitos outros quando, mas a pergunta é, será que precisamos realmente esperar algo para sermos felizes?

Sinceramente, hoje eu acredito que não, mas por muitos anos também me escondi atras dos quandos, e o que mudou? Quando entendi que há sim um preço para sermos felizes e não é errado, apenas difícil, pois felicidade também tem a ver com escolhas.

Quando escolhemos a segurança de um emprego chato, com horários, cobranças do chefe, remuneração fixa ao invés de empreender em um sonho, uma ideia que nos daria a tão sonhada flexibilidade de horário e liberdade financeira isso não é uma escolha? Se escolhemos o emprego chato a felicidade só vem quando conseguirmos empreender e se escolhermos empreender quando as dificuldades chegam, pensamos o “quanto éramos felizes e não sabíamos”, tenho certeza de que você já viveu uma situação parecida.

O que eu aprendi tem a ver em ficar em paz com a escolha. Não tem nada errado em ser feliz num emprego que muitos possam achar chato o que não pode é decidir e ao invés de viver a escolha ficar com a cabeça e o coração na opção que você abandonou. Eu acredito que precisamos ter foco intenso no processo de escolha, costumo ver pessoas tomarem decisões importantes na sua vida no impulso, na emoção e quase sempre vejo se arrependerem. Tenho hábito de quando preciso tomar essas decisões que estão diretamente ligadas a felicidade seguir um roteiro:

  • Na pressão a resposta é NÃO.
  • Numa folha de papel dividia ao meio coloco de um lado tudo que ganho se fizer tal escolha e do outro tudo que perco. E assim faço com todas as possibilidades.
  • Feito o passo anterior avalio se minha escolha impactaria negativamente a vida de alguém que me é importante.
  • Por fim analiso como me sentiria em cada cenário de perdas que levantei e se estou pronta para qual deles.

Clero que esse método não me dá cem porcento de que vou ficar feliz, mas me permite saber que preço pela felicidade estou pronta para pagar. E fique sabendo que muitas não estou pronta não, mas isso me ajuda a descobrir o que falta para encarar ser feliz, afinal as vezes descobrimos que precisamos fazer uma faxina não só na casa, mas também nas relações para que possamos ser mais felizes.

Então aproveite a aproximação do fim de ano para realmente entender o que te faz feliz, ficar naquele emprego que você detesta, abrir o seu próprio negócio, ficar naquela relação que te impede de crescer, acompanhar aqueles “amigos” que você já nem sabe por que sai junto ou arriscar conhecer novas pessoas, se permitir ter um novo relacionamento, desenvolver uma nova habilidade ou projeto, mas aproveite principalmente para ser feliz com VOCÊ!

Excelente semana.

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