Crianças e a tecnologia

Você chega em um restaurante e percebe uma família sentada à mesa, cada criança com um celular na mão e os pais dando a comida na boca. A criança não sabe nem ao menos o que está comendo tão vidrada que está na telinha.

Te agonia? A mim sim, e muito. Essa terceirização da educação para uma máquina é muito mais prejudicial do que podemos imaginar.

Em 2014 a American Academy of Pediatrics recomendou limites para o uso da tecnologia pelos pequeninos.

Por exemplo, até 5 anos, as crianças deveriam ficar no máximo 1 horas diante das telas. De 6 a 12 anos, até no máximo 2 horas e 3 horas apenas para crianças acima de 13 anos de idade.

Crianças precisam conviver com outras crianças, precisam aprender a socializar, correr, andar de bicicleta, brincar.

Infelizmente o que vemos hoje é a predominância da lei do menor esforço. Educar dá trabalho, é cansativo, então é mais fácil e mais simples deixar que a criança use o equipamento livremente, o tempo que quiser.

Mas o mais sério é que, cada vez mais vemos crianças com TDAH, autismo, distúrbios de coordenação, atraso na fala, dificuldade de aprendizado, depressão, sobrepeso e outros tantos distúrbios mais, sempre associados ao uso indiscriminado da tecnologia.

Quando a criança se isola, além de não aprender a conviver, a negociar, a respeitar, ela também perde a empatia com as outras crianças.

Toda criança tende a imitar o que os adultos fazem, então, se os pais ficam grudados na telinha, como ensinar seu filho de que o excesso está errado? Que tal começar a usar menos o celular na presença deles e estimular a ler um livro, por exemplo?

Nós, pais, sabemos dos perigos da internet, tem muita informação útil, claro que sim, mas também há pessoas com má intenção e que podem sim, fazer mal a seu filho.

Convoco você, pai e mãe a tentar incorporar uma atitude menos passiva e prestar mais atenção na educação do seu filho.

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