Com que roupa eu vou?

Minha mente de estimação usa um vestido azul fluido, de fibras naturais, confortável e que balança enquanto caminho devagar, mostrando que sou dessas: com jogo de cintura, disponível às mudanças e experimentações da vida. Com classe, valores, sentidos apurados e grande poder de observação.

“O mundo gira sempre em seu sentido e tem a cor do seu vestido azul…” essa música do cantor Wander Lee me representa.

É óbvio que toda essa introdução da “Bela não tão adormecida”, quer te convidar para sentar no quarto e conversar. Estou interessada é em você! O jogo da vida é, no mínimo, em dupla. Ninguém vive sozinha. Entrar na roda da conversa faz a gente impulsionar quem nós somos e espantar nossas sombras. Há um porão lotado de fantasmas na sua e na minha mente e eles se alimentam todos os dias dos medos e dos problemas. Quanto mais a gente se cala, mais fortes e robustos eles vão ficando.

Considere aqui uma coisa importante: não é um convite frugal reproduzindo sons domésticos e palavras repetidas para compensar a ausência do canto. Eu quero mesmo é que você cante, entrando em sintonia com os seus sentidos e lembrando-se do que você gosta e do que te traz leveza. Aquilo que te deixa feliz sem esforço, como o meu vestido acolhedor. Conte-me coisas que vão me inspirar a ficar te observando através das palavras, para o início do nosso diálogo.

E já que abri a porta do closet falando de vestidos, vamos continuar nesta pegada: Quais as roupas que você gosta de usar, as que te deixam mais à vontade? Vestidos, calças compridas, saias; tecidos encorpados, finos, transparentes… Em cada peça um pedacinho da tua história, das tuas emoções, do teu jeito de pensar o mundo, de se comportar, do seu amadurecimento físico e emocional.

Outro dia vi umas fotos de uma amiga, mulher amadurecida, advogada competente, onde ela, em férias, usava saias curtinhas, vestidos colados ao corpo e decotes profundos, revelando toda a sua segurança, determinação, autoestima elevada. Fiquei babando e aplaudindo de pé. Depois mandei um recadinho dizendo que era minha musa do ano. Votaria nela para a presidência da república, presidência da OAB ou da vida, tamanha a sua autoconfiança e força. Viram como as roupas falam sobre nós?

A imagem que revelamos através do que usamos e dos nossos comportamentos, são um filme sobre a nossa autoimagem, sobre a maneira como desenvolvemos a própria personalidade, as conquistas ou os papéis que representamos. É quem ou o que nós pensamos ser. Nossas forças e nossas fraquezas.  Você imaginou que um vestido azul pudesse abrir espaço para falar isso tudo?

A imagem externa é um reflexo da imagem interna e não tem nada a ver com o que o outro vai dizer, com padrões ditados pela moda ou o certo e o errado sugeridos pela influencer digital. Você pode e deve se utilizar deste recurso para comunicar quem você realmente é. Um vestido pode ser uma pista na sua relação com você.

Me conta vai, quais as roupas que você gosta de usar e que te deixam maravilhosa? Já estou na poltrona aguardando esta conversa gostosa.

Beijo beijo

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