Bioeconomia: a nova commodity da Amazônia

A poucas semanas da COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes, em um evento realizado no Rio de Janeiro, o governador Helder Barbalho, do Pará, defendeu, junto à Petrobrás e o BNDES, uma iniciativa inédita: um consórcio entre o banco e a petroleira com objetivo de impulsionar a transição ecológica na Amazônia. “Eu queria registrar que o petróleo não é a vocação que o Pará escolheu. E eu quero deixar isso muito público. A vocação que o Pará escolheu é bioeconomia, é floresta viva. Este é o nosso maior tesouro”, arrematou Helder.

E é na intenção de superar a imagem de terra arrasada, conflitos e problemas ambientais e se orgulhar de suas vastas extensões de floresta tropical e rica biodiversidade que caminha o plano da transição ecológica cuja transformação da economia local através da bioeconomia é pilar de fundamental importância.

Mas afinal, o que é “bioeconomia”? A bioeconomia é uma abordagem econômica que se baseia em soluções tiradas da natureza para transformar modelos de negócios tradicionais em modelos mais sustentáveis, envolvendo, para isso, uma grande variedade de setores que vai desde a agricultura até a conservação e o uso responsável dos recursos naturais. Quer um exemplo? Aí vão quatro:

Agricultura Regenerativa: um método de cultivo que visa a restauração e regeneração do solo, reduzindo o impacto ambiental;

– Sistemas Agroflorestais: integração de árvores, plantações e criação de animais, criando ecossistemas produtivos e sustentáveis;

– Pagamentos por Serviços Ambientais: reconhecimento e compensação financeira para aqueles que desempenham um papel ativo na conservação ambiental;

– Mercado de Carbono: explorando oportunidades para comercializar créditos de carbono, estimulando práticas de baixo carbono.

Hoje, o estado do Pará se destaca como líder nesse movimento rumo a uma economia mais verde e sustentável. Como parte de uma política pública adotada pelo governo estadual, a bioeconomia se tornou uma verdadeira vocação da região. Para Helder, o novo modelo econômico tem chances de se tornar a “nova grande commodity da região amazônica”. Um guia essencial nessa jornada é o “Planbio”, o plano do estado do Pará para a bioeconomia. Nele, estão descritas metas ambiciosas e oportunidades que não apenas podem melhorar a qualidade de vida das pessoas na Amazônia, mas também impulsionar negócios locais em setores sustentáveis.

O Pará está pavimentando o caminho para uma economia mais verde, onde a natureza não é apenas preservada, mas também é a principal fonte de riqueza e prosperidade. Este é um exemplo de como podemos equilibrar o crescimento econômico com a responsabilidade ambiental.

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