Eu procrastino, tu procrastinas: todas procrastinamos?
Não conseguir ficar distante do celular, manuseando a esmo e por horas. Capacidade ímpar em acumular todas as tarefas em entrega no limite do prazo. Preocupação constante com a ausência de foco. Mas, quando você pensa bem, às vezes pode ser resolvido depois. A cama parece ter um imã. Sinais físicos de exaustão, mesmo sem ter realizado o que mentalmente estava planejado. Adiamento que aumenta a “natural” demora a fazer algo.
Como ser confiante em relação a si e capaz de gerir a própria vida?
Uma parcela das pessoas desacreditam que os outros entenderão como se sentem, se serão julgadas ou mesmo vistas como fracassadas. A luz no fim do túnel, é que aumentou o quantitativo de pesquisas sobre o tema, ou seja, os profissionais identificam e tratam melhor se ansiedade, se procrastinação; até mesmo ambas as possibilidades. Atualmente, os recursos disponíveis ajudam significativamente na sensação de melhora, seja nos sintomas, seja no manejo deles.
Clinicamente, se alia medicamentos (quando necessários), e psicoterapia. Eventual diagnóstico é feito por profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra). Some aqui o tratamento psicoterápico a ser realizado por profissional do meio psi para explicitar o quanto procrastinar, em certa medida, é um comportamento absolutamente normal, tendo em vista que prioriza atividades. Contudo, há casos que, de tão corriqueiros, chegam a ser prejudiciais nas atividades de vida diária.
Para você empreendedora, o que lhe conduz no caminho da procrastinação é o mais genuíno desinteresse em se sentir motivada na execução de uma dada tarefa, sobretudo se o prazo de entrega é subjetivo ou a contar, por exemplo, de semanas. Daí se deixa para depois, afinal há tempo, não é?
A psicanálise explicita a situação sob a seguinte perspectiva: a maior parte das atitudes e comportamentos são inconscientes, e vivemos na ilusão que controlamos o que nos compete, quando a realidade -dolorosa- é que as pessoas que procrastinam são a conjunção das intenções do que se pretende concretizar e o produto factível e palpável delas, desconectados entre si no presente.
Mas, afinal , por qual razão tudo isso acontece? É quase uma equação onde o que está no futuro implica em longo prazo. Você está no hoje e espera por resultados (ou recompensas?) agora. Per-se-ve-rar. Assim, silabado e pausado, tal qual um mantra a acalentar a vulnerabilidade que a incerteza do porvir evoca.
Trocando em miúdos: você se identifica apegada aos benefícios imediatos ou empreende em projetos que fazem você se debruçar semanas -ou anos- de duro esforço e determinação?
Após se responder acima, vou aguardar você me dizer nos comentários e nas mensagens privadas, como se sente na sua produtividade, combinadas? 🙂
Até a próxima sexta!
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