De Mulher pra Mulher, para além da Marisa…

Filmes sempre tiveram o poder de emocionar pessoas. Isso tanto é verdade que o Netflix é um mega sucesso. Mas, diferente de quando somos crianças; quando adultos, o nosso “inconsciente” faz muito mais conexões com as histórias contadas, e as não contadas mas que, no subliminar, estão escritas. E, o que mais nos surpreende, é que isso acontece com filmes e séries que parecem bobos, e por vezes apelativos.

Por isso, decidi dividir uma reflexão com vocês sobre, a série Sexy Life, em que a personagem principal é uma mulher de mais de 30 anos, com um marido cuidadoso, lindo, que lhe dá segurança, filhos lindos, uma bela casa… Mas que está vivendo uma crise por sentir falta do seu ex, e de toda a emoção que sentia com ele, e a fazia se perceber uma outra pessoa.

A ideia central que está no enredo de todos os episódios é: Porque eu não posso ter tudo? Por que para 85% de vida feliz no casamento, eu preciso abrir mão dos outros 15% que me davam emoção e me fazem sentir saudade de mim?

Pois é, por quantas vezes não é essa a insatisfação que nós mulheres, estamos vivenciando?

Queremos ser empreendedoras reconhecidas, mas não podemos fazer isso com a dedicação necessária, por nos sentimos culpadas em deixar nossos filhos, nossa casa. Ou, decidimos ter um casamento seguro, e optamos por não conversar mais sobre nossos desejos sexuais? Quantas de nós abriram mão de empregos que gostavam porque essa era a condição para poderem ser mães e esposas?

Bem, se nenhuma dessas perguntas lhe incomoda, temos duas possibilidades: Você encontrou um caminho em que satisfaz às suas várias multiplicidades. Ou, você se sente completamente confortável com as escolhas que fez! E, qualquer dessas possibilidades é um cenário maravilhoso.

Mas, se você, como a personagem, está se perguntando porque você não pode ter tudo; talvez essa seja a hora de rever sua atitude diante de escolhas.

Se a resposta é: EU QUERO TER TUDO! Nesse caso, está na hora de você repactuar os contratos pessoais que fez: consigo, seus filhos, seu companheiro ou companheira. E definir um novo ciclo de ações onde tudo terá espaço, mas com as devidas proporções de tempo e comprometimento.

Se a resposta for: EU NÃO QUERO TER TUDO, porque entendo que, do que abri mão, é o “preço certo” a se pagar! Nessa situação, então, cada vez mais se empenhe para obter uma maior realização com aquilo que escolheu; minimizando, ainda mais, o que deixou para trás. Porque, quanto mais valorosa se tornar a escolha que você fez, menor fica o tamanho do que você aceitou abrir mão!

Se a resposta for: EU NÃO QUERO TER TUDO, mas no momento atual, parte do que abri mão (ex: estudar, trabalhar, ter filhos, morar fora por um período) está me fazendo muita falta! Então, está na hora de você assumir que pode ser que isso comece a “pesar demais” e a fazer “buracos” onde antes estava tudo bem! Fique alerta, pense em alternativas. Só não se deixe adoecer porque silenciou!

Independente da situação em que você se encontre, eu preciso lhe dizer que Você tem o direito de SER TUDO que quiser! É isso não é uma frase motivacional. Mas a constatação da história de vida de tantas mulheres que viveram isso, e não tinham as condições ideais. Mas tinham os seus IDEAIS de como seria uma vida feliz!

Como diz Martha Medeiros:
“Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.”

DE MULHER para MULHER…por vezes, estamos escravizadas nas impossibilidades que nós mesmas acreditamos existir. E, verdadeiramente, só precisamos compreender que é possível mudar!


			

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