Geração z – será que existe conflito com as demais?

Lâmpada representando ideias e inovação com silhuetas de pessoas de mãos dadas ao fundo, simbolizando colaboração e engajamento da geração Z.

De uns anos para cá muito se tem ouvido falar da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). Comentários frequentes sobre seu engajamento junto às causas sociais, sua preocupação com o meio ambiente e sua agilidade em lidar com as diversas tecnologias, são vistas como características nobres e positivas. E o são mesmo.

Mas, na contramão de todos esses comentários surgem, em maior volume, comentários não tão positivos sobre como se relacionam e como lidam com as situações de tomada de decisão, de relacionamento social e profissional e do trabalho sob pressão.

A proposta aqui, não é fazer nenhuma análise psicológica ou social, mas de refletirmos juntos sobre as diferenças entre as gerações. Fazer comparações entre uma e outra, nem sempre é salutar.

Sabemos que não é mérito ou demérito da Z, ou das demais, “ser assim ou assado” (como diz o ditado popular), cada uma tem suas características. Mas é importante ressaltar, que estamos vivendo um marco geracional, em que 5 gerações se encontram e se relacionam, ao mesmo tempo, produzindo um ambiente de conflito e de aprendizado. E, para muitos, essa não é uma situação fácil de se lidar.

Importante lembrar que a forma como nos relacionamos e lidamos com os conflitos tem forte influência da forma de como fomos educados e do ambiente em que vivemos. Então, ser conclusivo em relação a uma atitude não pode ser tão correto, assim.

As transformações tecnológicas, os valores e os relacionamentos passam por mudanças a cada geração. E o que era bom antes, pode não ser hoje. Mas, como responder às perguntas de milhões? Em que momento deixamos de educar, fortalecer e reconhecer nossos filhos e netos? Por que vemos tantos jovens agressivos, mal-educados, inseguros e ansiosos? Era assim antes?

Essas são perguntas difíceis de responder. Mas, a concordância entre a maioria das pessoas é que: uma boa base familiar é essencial para a formação do caráter de um ser. E isso independe de classe social, poder aquisitivo ou educação formal. São valores familiares que, se bem cultivados, podem formar pessoas e profissionais de excelência. Mas o que se percebe é que esses valores estão se perdendo, ao longo das gerações.

Os estudiosos comentam que, para muitos da geração Z, a compreensão do amor deixou de lado os padrões tradicionais. Relacionamentos abertos, “poliamor”, expressar pouco sentimento (ou não expressar), relacionamentos pelo digital e a escolha consciente de permanecer solteiro e morar na casa dos pais, tornaram-se maneiras de viver e expressar o afeto. Mas existe também, o grupo que prefere ficar fora das redes e buscar a simplicidade das relações, talvez um retorno ao tradicional.

O certo é que não sabemos o que está certo ou errado. E, caso de dúvida, o melhor a fazer é exercitar alguns valores que estão se perdendo: respeito, cuidado para como outro e amor. Esses valores nunca saem de moda e independem de gerações.

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