Penso, portanto sou
Quantos sinônimos há nas línguas que seres humanos falam e que expressem: obrigada, muito obrigada! Merci beaucoup! Lidas e respondidas todas as mensagens que diziam da admiração, do exemplo, da perseverança e de um sonho realizado. Em especial, algumas falando da inspiração para fazer por si algo ousado, que ensine para a vida pessoal e profissional.
A honra é muita e a responsabilidade, também. Mas, saibam vocês duas que se inspiraram no relato da semana anterior, quanto mais eu ensino compartilhando, mais eu aprendo. Conhecimento é para ser partilhado, revisto e, acima de tudo, questionado!
Je pense donc je suis ; é o que diz o título desta semana, frase célebre do filósofo René Descartes e que traz em si a força de que mesmo duvidando de todas as coisas no entorno, jamais se duvida da própria existência. Também disse que traria muitas novidades para cá, fazendo pontes entre o estudo na França e a coluna de Psicologia, não foi? Hoje, vamos falar sobre a sociedade do cansaço.
A sociedade do cansaço é resultado da sociedade do desempenho. O que seria isso? Resumidamente, uma sociedade que você não sabe, mas está inserida: esgotada de ser multitarefa, de responder instantaneamente as questões ligadas à hiperconectividade que a internet promove e, o ponto frágil de muitas empreendedoras, ter uma perfomance irrepreeensível no trabalho. Vamos além, pois neste modelo de sociedade, trabalho e existência se misturam em um único papel e fica difícil diferenciar quem é quem, pois a pessoa é valorizada sendo multitarefa.
Se o seu parâmetro de máxima realização é o trabalho, talvez você, enquanto trabalha, enfrente momentos de ansiedade, depressão, solidão, burnout, insônia, dependência digital e medo. Em casos extremos, pensamentos suicidas e o uso abusivo de álcool e/ou de drogas. Há algumas semanas atrás deixei aqui o alerta para quem desloca para o trabalho as realizações não vividas em outros lugares.
Porém, viemos de uma sociedade disciplinadora, que com o tempo é substituída pela sociedade do desempenho. Estar sempre ativa é maravilhoso, mas você já se perguntou os porquês de tão ativa? De não conseguir parar e recalcular os planos e rotas? Cada uma por si só isola e potencializa a solidão da qual estamos falando há algumas colunas no Blog Donadelas.
Ser positiva não é poder tudo e sim encarar com otimismo possível as inevitáveis tormentas no caminho.
Fadiga é não querer ou não poder pausar. Se você me leu até aqui, respirou fundo e ponderou que talvez esteja neste caminho. Há tanta vida por viver, tantos trabalhos legais a realizar, tantas ideias para lapidar, não é?
Uma ótima leitura e até a próxima semana !
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