Você vende o quê?

Tem mulher que vende bolsa, tem mulher que vende carro, vende curso, vende perfume, vende beleza, vende organização, ideias… Eu vendo a felicidade no tempo presente. Não é um dia, não é talvez, não é se sobrar tempo, é hoje!

Eu vendo dias de calma e pausas, porque até quando está tudo desabando é preciso saber parar. Eu vendo a esperança do possível, porque nos dias do impossível vou fazer um chá, chorar se ficar com vontade e deixar passar.

Eu vendo dias que vão dar certo, porque sei que até os que não dão certo fazem sentido para mim. Eu recebo, acolho e me lembro de que não preciso ser forte o tempo todo, nem ficar brigando com eles.

Eu vendo o merecimento que é teu e que talvez você apenas ainda não tenha tomado posse porque a dúvida e a mente confusa te atrapalham um pouco.

Mesmo considerando relevante todas as ciências que estudam o desenvolvimento humano com fundamentações inquestionáveis, no Ecossistema do Autoconhecimento sem blá, blá, blá, aprendi que não importa se você tem 30, 50, 60, 80 anos, tudo o que você quer é ser feliz agora, do jeito que dá, sendo quem você é, sem tirar nem por.

Mulheres precisam de cadernos e canetas. De autoconhecimento, de ação e de rituais de celebração. Precisam de passear, de conversar e aprender mais. Precisam de orações, de plantas e de bichinhos de estimação. É a natureza visceral e linda que desabrocha todos os dias quando os olhos se abrem. Com cara amassada e pijama velhinho. Metodologia de felicidade não trata de perfeição, trata da vida cotidiana e possível.

Tenho amiga que corre maratona aos 70 anos. Ama a liberdade e não cabe em si, nem no apartamento decorado.

Tenho amiga que virou escritora aos 50. Estava com a alma entupida.

Tenho amiga que aprendeu a meditar aos 55 e agora não fica mais abrindo os olhos escondida para ver o que o que as outras pessoas estão fazendo na aula de Yoga.

Tenho amiga de 80 anos que faz mentoria comigo, para se aprimorar nas relações familiares.

Tenho amiga que criou um negócio de vasos decorativos de cimento queimado aos 54 anos. Escolheu enfeitar a vida, usando o material que tantas vezes lembrou o quanto tudo foi muito duro para ela chegar até aqui.

Tenho amiga que começou a fazer esportes radicais aos 53 anos. O ordinário ficou entediante para ela.

Tenho amiga digital influencer aos 56. Está jovem e pulsa diante do novo.

Eu vendo a felicidade no tempo presente, porque respeito o viço que mora em mim e em todas as mulheres do mundo. Sei muito bem que não é papo de milagres, nem de alienação. É vida que pulsa e não para.

E você vende o quê?

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