O seu lugar é seu?

Você ouve empaticamente suas necessidades mais básicas? É de suma importância observar emoções e pensamentos para que não haja julgamentos de você para você mesma. Já parou para observar se essa escuta é a mesma que você, empreendedora, dedica ao cliente, colaborador e/ou parceria que você tem imensa consideração?


Se parar para pensar, sem muito esforço se chega à óbvia conclusão de que diariamente todas realizamos diversas negociações. Aliás, trouxe um pouco disso algumas colunas atrás, “A principal negociação: perfeccionistas, uni-vos!”, onde falávamos você e eu que a principal negociação é com você que me lê. Hoje, aprofundarei a discussão a partir do seu entorno, para que você perceba que barganhamos para além de acordos, isto é, para nos satisfazermos onde queremos.


Pense comigo, unindo aqui o recorte que a clínica psicanalítica traz : quantas vezes você se sabotou ao reagir de forma contrária aos seus próprios interesses? Um exemplo disso é quando você ou alguém próxima foi nomeada mentirosa pela outra parte, na sociedade de negócios, e você, para se defender, entrou com ação judicial onerosa ante a difamação recebida?


Fomos educados, seres humanos em geral, até estimulados a manter o nível de tensão alto em situações de conflito, com a ideia de ganhar-perder, onde apenas uma parte ganha, mas não ambas. Em suma, eu ganho porque você perdeu. Ainda que anseie por ser razoável e cooperativa, o maior dos temores parece ser a exploração advinda do outro lado, do/a sócio/a tirando vantagem daquele contexto.


Isso é o que alguns autores do segmento empreendedor chamam de mentalidade de escassez. Para quem não conhece o termo, significa o temor de que não tenha recursos o bastante para todos e exatamente por isso cada qual deve assegurar a sua parte, ainda que em detrimento alheio. O resultado mais provável dessa tomada de decisão é ambas as partes ficarem com menos.


A escalada rumo ao êxito do que você se propõe, além de necessário autoconhecimento que muitas vezes começa pela psicoterapia, passa pela troca com profissionais da sua confiança que vão lhe dizer, pasme, que seu lugar será seu quando souber lidar com os obstáculos, não obstante modificando um a um, como uma excelente chance de começar por si, na compreensão das experiências pessoais e laborais, para então avançar as experiências de terceiros.


Sem queimar etapas; para não se ressentir com questões antigas nem ansiosamente projetar o futuro, um dia por vez. Sabemos, você e eu, que você se acostumou a avolumar tarefas e estou pedindo para você exercitar o superpoder de fazer “pouco” todos os dias.


Me conta nos comentários qual o seu superpoder?

Boa leitura para nós e até a próxima semana!

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