O que o Japão pode nos ensinar na hora de empreender?

A cultura oriental é riquíssima, e sempre me chamou muito a atenção. Quando o assunto é empreendedorismo, então, eles nos dão uma aula porque levam a atividade muito a sério, e como ninguém, sabem misturar tradição e modernidade. Os japoneses têm um compromisso inadiável com a inovação, mas o fazem sob bases milenares.

Você conhece um país mais inovador que o Japão? Creio que não, e sabe por quê? Porque a inovação é um compromisso para eles. Mesmo com uma cultura milenar, eles estão sempre pensando em como se superar, como fazer melhor.

Quando penso na melhor forma de empreender, o Japão sempre vem à minha cabeça!

Você sabe o que é “kata”?

Kata” é um dos pilares da cultura japonesa: o treino, o estudo, o comportamento pré-estabelecido. O “kata” é a prática rotineira feita passo a passo, entendendo e absorvendo cada processo. É a base do “fazer bem-feito”.

O sufixo “kata” significa “forma de fazer”, e os japoneses levam isso muito a sério. São perfeccionistas ao extremo, mas não são chatos. Simplesmente, acreditam que é preciso fazer bem-feito, para fazer apenas uma vez. É a cultura do não desperdício!

Você quer um ensinamento mais valioso do que esse na hora de empreendermos? Qual aprendizado pode ser mais importante do que o do fazer bem-feito sempre, seja o cafezinho da tarde até o atendimento ao cliente, passando pela execução do serviço ou a produção de um produto?

A gente precisa “ser kata” na nossa empresa

O Japão não é rico à toa. A longevidade de suas empresas não é coincidência. A cultura do fazer bem-feito é enraizada lá, e é isso que precisamos aprender a fazer. Lembra do ditado “a pressa é inimiga da perfeição”? Eu gosto muito de dizer que a pressa não pode existir no empreendedorismo: o que precisamos é ser ágeis e compromissados, apenas isso. Pressa é para quem está atrasado.

A gente precisa “ser kata” na nossa empresa. É preciso combater o desperdício, o retrabalho, o erro enraizado, as inconsistências. Há uma forma de fazer certo, e precismos buscá-la. E é justamente porque sabemos que há uma forma certa que somos capazes de inovar. O que é a inovação senão uma forma ainda melhor de fazer algo que estava dando certo?

Como ser “kata” na nossa empresa?

Essa é uma boa pergunta, que merece toda uma reflexão. Por que definitivamente não é nada fácil fugir dessa nossa cultura de buscar o que é mais fácil e rápido.

Mas a verdade é que precisamos perseguir o certo. E para perseguir o certo, para fazer o certo, é preciso estar atento a todas às nossas operações. Atenção ao que se faz é algo que muitas vezes nos falta!

Todas as operações da empresa, da compra de material à entrega de um produto ao cliente, precisam ser pensadas. Se não bastasse a necessidade de fazer bem-feito, para fazer uma só vez, nunca é demais lembrar que hoje as empresas trabalham com margens muito apertadas, e buscar uma operação enxuta e produtiva é a melhor forma de turbinar os resultados.

Como “ser kata” na nossa empresa? Olhando para ela, avaliando-a, estudando-a sempre. Revise seus processos, eu tenho certeza que poderá melhorar muito sua produtividade e, assim, poderá alcançar melhores resultados. Seja “kata”!

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