O longo caminho entre o que você diz e o que seu cliente ouve

Leia o título acima, em volta alta, sugiro. Releia atentamente, pois nosso ruído começou neste minuto, pois você daí já retrucou que conhece seu público e a enumerar itens, não é mesmo? Mais um elo aqui identificado entre a clínica psicanalítica e o empreendedorismo.


Na verdade, também é título de livro de Clarice Lispector na literatura, “O que se diz e o que se entende”, uma reunião de sessenta crônicas que passeiam entre aprendizados escolares e a sabedoria milenar do oriente, para você ter noção do quanto há autores de diversos segmentos que se debruçam a escrever o cotidiano vivido. Se tentar puxar mais exemplos da memória, encontrarei vasto material sobre.


De forma sucinta, elenquei para você que não é tão simples conhecer seu público como gentilmente você supõe. Aliás, é difícil, porque você deduz que sabendo suas inclinações pessoais, do que gosta, onde não se afina e se permite dizer que não tem habilidade ainda que haja interesse, somando ao enumerado educação e empatia, o caminho está feito. Me permita: o caminho está sendo trilhado, pois todo esse processo não reside na sua inquestionável capacidade de se comunicar, mas sobremaneira no entendimento de como a outra parte recebe e assimila, quais os parâmetros e contextos que transita.


Quando falo de contextos, não me leia como algo relacionado à tecnologia e recursos empregados, já que estamos falando de empreendedorismo e inovação a todo momento na Donadelas, mas sim de termos a absoluta clareza de que pessoas são diferentes e, por conseguinte, há distintos caminhos e comportamentos, que por sua vez, “se intrometem” nas relações interpessoais e na forma como as pessoas se comunicam. Volte ao início, quando mencionei do ruído que identifico em minha clínica de longa data e que ouço e leio de você, empreendedora, quando me compartilha alguma situação cotidiana do seu negócio: umas focam no processo, outras ávidas por resultado, uma parte devotada ao pontapé inicial e todas essas pessoas trabalham juntas.


Já ouviu falar em assertividade? É saber se posicionar de forma clara e objetiva na comunicação. Para tanto, é de suma importância saber os perfis comportamentais do seu público e da sua equipe. A partir desse conhecimento, você terá informações valiosas como o que fazem a partir do que entendem do que a outra parte fala e que tipo de abordagem elegem nas suas trocas interpessoais.


Agora, deixarei você pensando sobre os exemplos que conseguiu se recordar com essa leitura. Aproveita e comenta sobre algo que pode compartilhar conosco?


Uma ótima leitura e até a próxima semana!

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