O futuro da educação e a inovação

Mesmo não sendo uma profissional da educação, mas convivendo com muitos, resolvi trazer aqui algumas reflexões sobre o formato de ensino brasileiro, num mundo completamente digital.

É indiscutível a constatação de que o nosso formato de ensino ainda é muito tradicional, se comparado a outros métodos praticados em países mais evoluídos tecnologicamente.

Observamos o distanciamento entre a discussão brasileira sobre aprendizagem e a vasta literatura internacional sobre o uso da tecnologia na educação. Obviamente que o uso intensivo de tecnologias não é a solução, mas pode ser uma importante ferramenta para se chegar a uma educação apropriada para as novas gerações. Não temos como fugir dessa discussão.

É claro que estou me referindo, em sua maioria, ao ensino praticado pelo setor público e em algumas escolas tradicionais da iniciativa privada. Neste mundo de tantas transformações, a educação se vê em xeque diante dos avanços tecnológicos.

Quando pensamos nos milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza ou em municípios de baixíssimo IDH aí é que a situação se agrava.

Mas, como desenvolver um país com tantas diferenças e desequilíbrios econômicos, sociais, tecnológicos e educacionais? Imagino que não deva ser tarefa fácil, tanto para os governantes, quanto para os pais, que desejam o melhor para seus filhos.

Acontece que, quando se trata de educação, há tantas questões envolvidas, que nem sempre a inovação é uma prioridade. Mas se não tomarmos uma atitude na busca de melhorias do ensino ficaremos cada vez mais nos últimos lugares dos rankings mundiais.

As metodologias modernas têm adotado diversas tecnologias para facilitar o aprendizado do aluno, considerando o perfil de cada um. Como se sabe, a transformação digital e os hábitos de consumo provocaram profundas disrupções no método tradicional de aprendizagem. Os alunos estão cada vez mais exigindo dos professores a introdução de formas diferenciadas de repasse de conteúdo.

Nesse novo formato, entendemos que os métodos tradicionais já não são mais efetivos para engajar e garantir a boa performance dos alunos. É preciso inovar.

Mas o que já existe de novidade na relação entre a educação tradicional e a inovação?

A primeira delas é o ensino híbrido. Esse formato não é uma novidade, mas durante a pandemia se mostrou muito eficaz e atrativa. Hoje muitas escolas mantiveram esse formato, como forma de flexibilizar e tornar mais atrativo o processo de aprendizagem.

A metodologia ativa é uma outra estratégia muito utilizada por escolas mais inovadoras. Aqui o protagonismo é do aluno. A construção da aprendizagem é pautada no perfil e preferências dos alunos. São utilizados jogos (gameficação de processos), ensino baseado em competência e em projetos, salas de aula invertida e outros métodos colaborativos.

Metodologias imersivas e analíticas. Aqui a dependência das tecnologias é bem maior. Estas metodologias impactam as estruturas convencionais de ensino, pois proporcionam experiências imersivas do tipo realidade aumentada e virtual. Elas exigem que o professor detenha conhecimentos e habilidades nessas ferramentas. Ademais, requer investimentos significativos em equipamentos e software, o que não é fácil para escolas do setor público.

A Aprendizagem Experimental e integrativa é outro método muito utilizado nas escolas mais modernas. Nela, os assuntos são repassados de forma integrativa e experimental entre professores de várias matérias. Por exemplo, nas aulas de história abordar como era desenvolvida a medicina e a matemática nessa época.

Como vemos nada se desenvolve se não for através da educação. Isso vale para a aprendizagem formal e a empresarial.

Reflita: Como posso contribuir para a educação dos futuros empreendedores? Cobrar de forma responsável, também é uma forma de contribuir.

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