“Mulher: uma assinatura de vida”
Eu poderia encontrar muitos motivos para parabenizar as mulheres que conheço. Mais o maior deles sempre me parece o fato delas serem tão humanas, que ser mulher é uma consequência (ou será que são mais humanas porque são mulheres!?).
O que quero dizer é que antes de tudo, percebem-se a partir do fato de que são pessoas que têm por essência gerar. E essa é uma descoberta que faz toda a diferença! Mesmo que optem por não ter filhos, ou ter muitos, gerá-los solidariamente para famílias que os desejam, ou acolhê-los em amor mesmo que não tenham sido concebidos por ela; essa é a sua condição de feminina. Seus corpos e almas compreendem, na sua essencialidade, o lugar de gerar.
E o que isso determina na vida de uma mulher?
Significa que você, assim como eu, compreende “nas entranhas” o que é ter que assumir peso a mais, horas extras, cuidar mais do que ser cuidada, amar de forma inédita, e ainda ser semeadora de sonhos que incluem frutos, e uma enorme profusão de possibilidades.
Quando fomos escolhidas como mulheres, o Criador já sabia que Manual de Instruções era desnecessário. Conhecíamos o caminho, mesmo que a trajetória de cada uma de nós fosse tão diversa.
Para Yuval Harari “ Intuição é capacidade de reconhecer padrões”. Não sei se ele estava pensando em uma mulher quando proferiu essa frase. Mas posso afirmar que a famosa intuição feminina é isso! É a nossa divina capacidade de lermos o mundo a partir de uma perspectiva que nos faz reconhecer o que há para compreendemos, através da nossa sensibilidade e emocionalidade. Somos seres emotivos na essencialidade!
As suas histórias não são a minha; mas guardam tantas similaridades, convergências, que não me canso de ocupar o lugar de aprendiz, e de admiradora da força, coragem, diversidade, intensidade e alquimia da mulher.
O que hoje eu aprendo com outras mulheres? Que embora as histórias sejam diferentes, são os incômodos que as movem, e os desafios que alimentam os seus desejos.
Quando as observo, me fazem compreender mais sobre a minha própria trajetória, e minha forte intenção com o que está “por vir”. Ensinam-me que as histórias que viveram, em dado momento, podem ter calado seus desejos; mas não silenciaram os seus sonhos. Pois mulheres, podem se permitir perderem-se no caminho. Mas não estão perdidas de si. E sim, apenas encontrando novos lugares! Ora para habitarem, ora para aceitarem que não precisam mais disso. E, por por vezes, sabem que é necessário “estacionar no meio fio”, para “estudar” o mapa de possibilidades.
Elas compreendem que quando decidem evoluir, não se trata de uma busca pelo reconhecimento do outro. Mas da grandiosidade de descobertas que precisam fazer sobre si mesmas; e sobre o motivo de assumirem os desafios a que se propõem. Não estão só atrás de respostas, mas de novas experiências!
Essas mulheres me inspiram, por compreenderem que as descobertas que fazem sobre os seus passados, não as rotulam àquele lugar. Aprendem a dar valor às suas memórias, e a utilizá-las como “repertórios de aprendizagens” para novas atitudes e tomadas de decisão.
Mulheres que não estão atrás de funções; e sim, oportunidades! Sabem que precisam, primeiramente, tomar a decisão do que é essencial.
Essas MULHERES não querem somente o lugar que estão; pois sabem que são gigantescas para caber em um espaço, com dimensões definidas.
São caleidoscópio, cata-vento, mandala… Instigam reconhecimento, confiança, ousadia, determinação e fé.
São múltiplas, mesmo que ocupando um único corpo! E, acabam por revelar novas formas de se recriar, acolhendo quem são.
Como diria Elizabeth Gilbert “Abrace a bagunça maravilhosa que você é.”
Feliz 8/3/2022; o dia escolhido para lhe lembrar que ser Mulher é a sua mais autêntica assinatura de vida.
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