Mudar em tempos de crise

Estamos passando por um período de intensas mudanças, e isso não é novidade para ninguém. O fato é que essas mudanças estão ocorrendo de formas tão aceleradas e intensas que fica difícil compreendê-las, se é que somos capazes disso.

As mudanças estão presentes em todos os setores: sociais, econômicos, políticos e, mais recentemente, climáticos, o que tem nos assustado e nos levado a acreditar que tais transformações são muito mais complexas do que imaginamos.

Ao mesmo tempo em que confiamos na tecnologia para melhorar nossa qualidade de vida e aumentar nossa longevidade, os impactos das nossas ações para alcançar um futuro melhor estão nos causando medos, incertezas e inquietações. Bem contraditório, não é mesmo? Queremos viver mais e melhor, mas em que mundo e em que situação?

São tantos questionamentos que nem sabemos por onde começar. Então sugiro que comecemos por nós mesmas, perguntando: o que estou fazendo para que a minha empresa, meu entorno e minha cidade provoquem menos impactos e possam prosperar?

É fácil transferirmos a culpa para o próximo, seja ele o diretor da empresa, o prefeito, o governador ou o presidente. Temos dificuldades de nos ver em contextos de crise e, às vezes, responsabilizar o outro é mais prático e confortável. Mas a mudança deve começar por nós mesmas. Já ouvimos isso várias vezes, e sempre esperamos que alguém comece. Se ninguém começar, nada vai acontecer.

O biólogo naturalista Charles Darwin já dizia que “As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor às mudanças”.

Pois bem, o nosso grande desafio é superar as adversidades em um mundo tão turbulento. Se temos o livre-arbítrio de dar o primeiro passo, que tal analisarmos de que forma estamos contribuindo para o nosso meio ambiente e a sociedade?

Adotar práticas sustentáveis na família e na empresa é um bom começo. Priorizar soluções que melhorem as demandas dos clientes, ouvir o que os colaboradores têm a contribuir, estabelecer parcerias com concorrentes que possam melhorar o seu negócio, praticar preços justos, estimular seus clientes a implementar práticas sustentáveis, comprar de fornecedores que pratiquem comércio justo e tantas outras iniciativas que parecem pequenas, mas que ao longo do tempo podem fazer grande diferença.

A única certeza que temos é a mudança. E se é assim, vamos nos adaptar com melhores práticas.

Chico Xavier certa vez disse: “…ninguém vai conseguir evoluir sem consolidar dois grandes eixos do desenvolvimento humano, o científico e o moral. Ambos dão ao ser humano a capacidade de compreender de uma forma mais ampla e sustentada o verdadeiro significado da vida, garantindo uma capacidade evolutiva maior, aproveitando suas oportunidades e abrindo caminho para novos voos na vida”. Sábio!

É tempo de resiliência e adaptação. E não vai ser a tecnologia quem vai ditar as regras, seremos nós.

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