“Deixei meu sapatinho na janela do quintal….”
Caras leitoras, dezembro chegou e com ele, os temores naturais acerca das listas e pessoas a presentear. Penso que aqui é importante especificar qual o sentido no texto o termo tem: ser presente. Presença. Pessoa.
Neste mês, por motivos que aparecem até na canção “e então é Natal e o que você fez, o ano termina e nasce outra vez “, falam dos corações e das ideias que extrapolam a escuta clínica no consultório, uma vez que as 365 oportunidades diárias de tirar algo do papel estão findando.
Veja bem, não é o ano novo que traz mudanças. Elas acontecem quando você aí do outro lado protagoniza a própria vida e história, ao ritmo e passos seus. Ter alguém como inspiração é saudável e oportuno, mas não esqueça de que este outro alguém vive outra vida e realidade onde mais tarefas ou atribuições são indispensáveis e possíveis. Caso você se perceba adoecida ou esgotada, consultar profissionais da saúde física e mental traz caminhos próprios que acrescentam qualidade de vida e vigor para as grandes jornadas.
Na filosofia, Diógenes de Sínope afirmou que mais tem quem se satisfaz com o mínimo. E sabe quando? Aproximadamente 300 anos antes de Cristo! Não duvido nem questiono que algumas pessoas e contextos carecem de uma atenção especial, mas para você visualizar esse texto, suponha receber um chocolate em motivo natalino em mãos, sem embalagem ou cartão. Agora, refaça a cena com algo escrito, de preferência à mão , com embalagem em dedicatória. Qual das situações acarinha o coração e a faz sorrir?
Por isso, na escuta em psicanálise, damos máxima atenção aos detalhes. Além disso, ensinamos e repetimos em devolutivas que manter vínculos é um comportamento característico dos seres humanos do nascimento até a morte é que tendo um modelo, o funcionamento interno de cada indivíduo norteará pensamentos, sentimentos e ,sobre, as expectativas do sujeito em todas as relações interpessoais ao longo da vida. Por isso, meses ou anos para a maioria dos pacientes perceber que tipo de modelo pode ser e qual legado pretende deixar.
“Como é que papai Noel não se esquece de ninguém, seja rico, seja pobre, o velhinho sempre vem…”
Oferte o seu presente possível. Adeque as convenções. Te encontro na próxima coluna, combinadas ?
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