Gestão do conhecimento na terceira idade – valorização da experiência

Profissional acolhendo idosa em cadeira de rodas, simbolizando respeito à experiência e ao conhecimento da terceira idade.

O preconceito etário tem sido uma barreira no ambiente de trabalho. Alguns profissionais desconhecem o valor da experiência e essa visão limitada faz com que muitas empresas não aproveitem o valor de cada geração.

Hoje, muitas organizações, através de suas áreas de recursos humanos, têm estimulado e priorizado a colaboração intergeracional, o que vem apresentando resultados positivos e ainda um estímulo à criatividade.

Estudos mostram que o futuro do trabalho é multigeracional, mas o grande desafio ainda está na integração de grupos com experiência e conhecimentos diferentes e diversos. E numa sociedade em que o conhecimento é um dos bens mais preciosos, o desafio está em catalogar os reservatórios de sabedoria das pessoas mais velhas.

A terceira idade, frequentemente associada à aposentadoria e ao afastamento das atividades profissionais, pode e deve ser reconhecida como uma fonte rica de conhecimento, principalmente porque ainda existem muitos idosos em atividade e outros tantos retornando às atividades de trabalho.

E é nesse contexto que entra a gestão do conhecimento, uma prática que busca preservar, valorizar e compartilhar o saber acumulado ao longo da vida. Essa atividade, considerada um ativo valioso, contribui para o futuro do trabalho e demonstra aos mais jovens que aprender e se reinventar é importante e independe da idade.

A gestão do conhecimento tem como objetivo identificar, organizar, compartilhar e utilizar o conhecimento de uma empresa ou de um grupo social. Em ambientes corporativos, por exemplo, é uma forma de garantir que a experiência dos profissionais mais antigos não se perca com o tempo. No contexto da terceira idade, essa abordagem pode ser adaptada para valorizar o saber dos idosos e integrá-los de maneira ativa à sociedade.

Os idosos acumulam décadas de vivência profissional, familiar, cultural e social. Registrar e compartilhar essas histórias e aprendizados é uma forma de enriquecer gerações futuras. Ademais, o preconceito contra pessoas idosas, conhecido como etarismo ou idadismo, pode ser combatido ao mostrar o valor prático do conhecimento que elas carregam.

Outro aspecto importante é inserir os mais velhos no mundo da tecnologia, os resultados relatados são extremamente positivos. Ao mesmo tempo em que o aprendizado é organizado através da organização de histórias, tradições e práticas antigas, há uma troca intergeracional rica e respeitosa.

É claro que os desafios permanecem, especialmente como a resistência ao uso das tecnologias, o preconceito no ambiente de trabalho, o isolamento social e as limitações físicas. Porém, com empatia, paciência e políticas públicas voltadas à inclusão da terceira idade, é possível superar essas barreiras. A gestão do conhecimento pode ser uma ponte entre o passado e o futuro, valorizando o presente. Mais do que preservar memórias, a gestão do conhecimento promove dignidade, autoestima e integração para quem tanto já contribuiu com a sociedade.

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