Cidades Inteligentes

praça urbana arborizada com edifícios modernos ao fundo sob um céu azul claro.

Com as inúmeras mudanças acontecendo pelo mundo, sejam elas provocadas pelas alterações ambientais, pelas guerras que não cessam e pela transformação digital, os países vêm enfrentando desafios em busca de um futuro sustentável.

Em meio ao cenário muitas vezes catastrófico, várias cidades tomaram medidas corajosas para implementar soluções inteligentes em suas localidades, com o propósito de melhorar a qualidade vida de sua população.

Utilizando práticas sustentáveis aliadas a tecnologias digitais muitos centros urbanos resolveram adotar um modelo de gestão que promete responder às necessidades sociais, econômicas, ambientais e tecnológicas em favor da qualidade de vida. E esse modelo é denominado Cidade Inteligente.

O conceito de Cidade Inteligente surgiu na década de 90 estimulado pelas mudanças que as novas tecnologias da informação e comunicação estavam promovendo na sociedade. Em 1997 ele foi associado à sustentabilidade para cumprir os compromissos do protocolo de Kyoto.

De lá para cá o modelo foi aperfeiçoado e as Cidades Inteligentes se multiplicaram em número, estratégia e tecnologia fazendo uso de serviços, informações e planejamento urbano para promover o desenvolvimento através de pilares como: conectividade, mobilidade, segurança e sustentabilidade.

O enfoque está em cidades criativas e sustentáveis que utilizam diversas tecnologias em seu processo de planejamento fazendo com que pessoas utilizem energia, sistemas de comunicação, transporte e infraestrutura, serviços essenciais e financiamentos para catalisar o desenvolvimento econômico.

Apesar de ser um conceito relativamente novo, mas já consolidado, as Cidades Inteligentes ou Smart City (como também são chamadas) atualmente recebem o reforçado da Inteligência Artificial – IA para facilitar seu propósito.

Mas o que caracteriza que uma cidade é inteligente?

Primeiramente investimento em tecnologia da informação e comunicação, visando facilitar a conectividade da população e de seus visitantes. Investir no planejamento urbano é também essencial para a construção de espaços que diminuam os problemas gerados pelo aumento desordenado da população, poluição, congestionamentos e impactos ambientais.

Muitos países estão investindo bilhões de dólares em produtos e serviços para aprimorar a infraestrutura urbana existente e se tornarem atrativas e competitivas.

Em resumo, a proposta é oferecer uma cidade inovadora, conectada, inclusiva, com mobilidade urbana, segura e sustentável (socialmente, economicamente ambientalmente).

Pode parecer impossível, mas não é. Hoje existem várias cidades inteligentes no mundo. E para ajudar a mapear o crescimento dessas iniciativas o Instituto Internacional para o Desenvolvimento de Gestão – IMD publica anualmente um ranking das cidades mais inteligentes.

Recentemente o IMD publicou a edição de 2024 do Índice de Cidades Inteligentes , em que traz dados de 142 cidades (no mundo). Os critérios contemplam opiniões sobre os temas: segurança, mobilidade, saúde, oportunidades e governança.

No documento o Brasil aparece em 130º lugar representado por Brasília, seguido de São Paulo (132º) e Rio de Janeiro (139º). Abaixo as 10 cidades mais inteligentes do mundo, segundo a pesquisa:

  • Zurique (Suíça)
  • Oslo (Noruega)
  • Camberra (Austrália)
  • Genebra (Suíça)
  • Singapura
  • Copenhague (Dinamarca)
  • Lausanne (Suíça)
  • Londres (Reino Unido)
  • Helsinque (Finlândia)
  • Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)

O Brasil também avalia quais cidades são consideradas inteligentes, num universo de 656 municípios com mais de 50 mil habitantes. O estudo considera 74 indicadores nos 11 eixos a seguir: Urbanismo; Economia; Educação; Empreendedorismo; Energia; Governança; Mobilidade; Segurança; Meio Ambiente; Tecnologia & Inovação; Saúde. Os resultados estão publicados no Ranking Connected Smart Cities (2024).

Vale a pena conhecer o documento. Ele mostra o quanto ainda temos a fazer para melhorar o ambiente das cidades brasileiras. Os destaques vão para os 3 primeiros lugares: Florianópolis (SC); Vitória (ES) e São Paulo (SP).

Esse é um assunto muito atrativo e que requer tempo e dedicação para sua plena compreensão, pois existem várias estratégias para transformar um município em Cidade Inteligente. Existe um vasto material público que detalha o conceito e apresenta métodos para a sua implementação.

A pergunta que fica é se os nossos futuros governantes estão atentos a essa inovação? Estamos num ano de eleição municipal e o desejo é que esse conceito esteja contemplado em alguns planos de governo.

Sigamos com expectativa. O tempo dirá.

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