Redes sociais: colhemos o que plantamos

Com essa situação de fragilidade da saúde em todo o mundo, comecei a pensar mais sobre o que realmente vale a pena…, e sempre, sempre, sempre, para mim, são as pessoas.

Não tenho a pretensão de escrever o que acho ser o certo para todo mundo, até porque sei que cada um age de acordo com seus valores, e isso é o que importa. Então, o convite que gostaria de fazer a todas nós, é:

Que tal avaliarmos nossas práticas de comunicação nas redes sociais?

Eu participo de muitos grupos em algumas redes, e quase todos são de mulheres empreendedoras. Me choca o quanto a maioria das pessoas, em todos os grupos, não estão conectadas, mesmo quando estão respondendo mensagens de algum post!

A maioria das respostas a pedidos explícitos de ajuda, é relacionada a alguma venda, inacreditavelmente! Pouca gente está disposta a ler e talvez escrever duas ou três frases que pode orientar o caminho daquela mulher que se expôs para tentar melhorar sua condição.

Qual o propósito em se inscrever num grupo de mulheres empreendedoras? A ideia é linda: nos unirmos para nos fortalecermos através de apoio mútuo, etc…, mas na prática, muitas mulheres deixam a empatia de lado e focam apenas na sua própria necessidade, 100% do tempo.

Não quero aqui dizer que é mal fazer vendas, não é isso! Todas precisamos vender, a situação não está fácil para ninguém, eu sei, e tenho que acordar todos os dias pensando em como alcançar minhas metas para sobreviver. Mas participar de um grupo com foco somente em vender, me deixa preocupada. Porque a meu ver, a rua deve ser de mão dupla: hoje eu vendo, amanhã eu posso ajudar, depois posso receber ajuda… e vamos assim criando laços, força, nos desenvolvendo juntas.

Quero deixar algumas perguntas para refletirmos: de que forma estamos utilizando nossas redes sociais? Eu entrego algo de valor? Eu só vendo? Eu não interajo com ninguém, somente posto minhas fotos e espero likes? Eu importuno as pessoas sem cessar para oferecer produtos ou serviços em comentários que não tinham esse propósito?

Tenha a certeza de uma coisa: o que nós obtemos em troca é exatamente proporcional ao que oferecemos. Ou seja, podemos receber através das nossas conexões: egoísmo, amargura, poucas vendas, contatos improdutivos, inveja…, ou também generosidade, abundância, respostas positivas, lucro, novos contatos, novas vendas…, enfim, é a velha lei do universo: a gente colhe o que planta.

Pensemos nisso!

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Comentários

  1. Dar e receber … Essa é a questão! Muitos acrescentam outros digerem a sua paciência ,muitos postes querem induzir você a dar sua atenção constantemente , bombardeiam com passos e questionamentos querem, que você fique amarrada a eles, são exaustivos a enviarem conteúdos que não dizem muito, e quando tem a venda é sempre empurrada, não te deixam decidir, parecem robôs a repetirem conteúdos, ou seja se eu tenho que passar algo credível eu só tenho a receber um bom retorno garantidamente. As redes sociais estão exaustivamente, acho que o melhor é mesmo voltar aos livros 📚 documentários , ensinamentos e escritas de grandes sábios , “mas se forem as redes social busquem o essencial aos olhos, aos ouvidos e a mente “ Vamos peneirar com a Donadelas , aqui temos muito a aprender com empreendedorismo .
    P.S. KS ✍️💋💄

    1. Temos um grande desafio, Kátia, que é o de gerenciar nosso tempo para sermos mais produtivas no dia a dia, e isso obviamente, inclui as redes sociais.
      O smartphone nos ajuda sobremaneira a estudar, conversar com familiares, vender, etc… Quanto utilizamos as ferramentas disponíveis de maneira inteligente, podemos sim perceber quando estamos sofrendo algum tipo de manipulação. Então é nossa responsabilidade estarmos atentas. Beijos, querida!

    1. Exato, Vera.
      Penso que ainda há um discurso muito maior do que a prática, no que diz respeito à ajuda mútua. Mas já é um começo… vamos aos poucos despertando para ações de acolhimento, quando nos dispormos a praticar a escuta ativa e assim todas as ações que se desdobrarem a partir disso. Um abraço para ti!

  2. Acredito que precisarmos desenvolver um olhar mais filosófico sobre a vida, a nossa vida.
    Desde que eu descobri a auto observação todo um universo se descortinou diante de mim. Estarmos atentos a nós, não com um proposito egoísta, mas com o objetivo de “nos vermos” de fato sem julgamentos, para que, inclusive, possamos colocar luz sobre nossas partes ainda sombrias e obscuras.
    Eu acredito que a bondade pode sim ser aprendida e desenvolvida. Desde que estejamos dispostos.
    Certa vez ouvi de uma grande professora que admiro muito que todos os males do mundo tem sua raiz no egoísmo! E porque somos tão egoístas?
    Minha resposta é que talvez não consigamos ver hoje um proposito maior para nossas vidas.
    Sintamos que podemos ganhar e o outro perder. Que o que eu faço na solidão do meu quarto não impacta ninguém, mas impacta.
    Ela também me disse que a humanidade é como um grande ser, um enorme corpo. E como pode a mão querer o mal do pé? é uma espécie de loucura, de doença, é o egoísmo.
    A partir da auto observação acredito que possamos nos ver com mais clareza e fazer escolhas melhores e mais humanas e empáticas.

    1. Que reflexão interessante, Ana Paula.
      Obrigada por partilhar conosco suas percepções. A consciência coletiva é essencial para o desenvolvimento pessoal e da humanidade.
      Todos temos momentos de egoísmo, e é bom isso também, porque se não cuidar primeiro de mim, não posso cuidar do outro. Concordo contigo: a auto observação nos ajudaria a dosar esse egoísmo de maneira mais equilibrada.
      Fique bem e grande abraço!