Zona Azul, Zona Verde: o que você precisa saber sobre os dois mundos da COP30

Quando falamos em COP30, é comum pensar em grandes discursos, acordos entre chefes de Estado e decisões diplomáticas em salas com bandeiras de todos os países. Tudo isso realmente acontece, mas representa apenas uma parte da engrenagem.
A verdade é que a Conferência da ONU sobre o Clima funciona como um evento de dois mundos:
🔵 A Zona Azul (Blue Zone)
🟢 A Zona Verde (Green Zone)
Ambas acontecem simultaneamente, mas com públicos, funções e atmosferas completamente diferentes. E entender isso é fundamental para quem quer participar (ou pelo menos acompanhar com estratégia) o que vai acontecer em Belém do Pará em 2025.
🔵 O que acontece na Zona Azul?
A Zona Azul é o território das decisões oficiais. É onde rolam as negociações entre países, os pronunciamentos de ministros e presidentes, e onde os documentos que mexem com o futuro do planeta ganham forma e assinaturas de peso.
Ali, só entra quem for credenciado pela ONU (UNFCCC). O acesso é restrito a:
- Delegações oficiais de governos;
- Organizações credenciadas como observadoras (ONGs, consórcios, universidades);
- Imprensa internacional;
- Organizações internacionais como o Banco Mundial e o PNUMA.
No caso da COP30, esse espaço será montado no Hangar – Centro de Convenções, em Belém. Um território sob protocolo diplomático, com segurança reforçada e agendas bem definidas.
💡 Curiosidade: Até mesmo o credenciamento tem regras específicas — com prazos diferentes para governos, ONGs, mídia e enviados especiais. Nada é improvisado na Zona Azul.
🟢 E a Zona Verde?
Já a Zona Verde é um outro universo e talvez o mais pulsante da COP.
É o espaço aberto à sociedade civil, coletivos, startups, empresas, povos originários, movimentos culturais e juventudes. Nela, a inovação, a arte e os saberes tradicionais ganham palco. O foco é ampliar a conversa sobre clima e justiça, trazendo novas perspectivas e soluções concretas para problemas reais.
Em Belém, esse espaço deve acontecer no Parque da Cidade. A Zona Verde será viva, plural e estratégica. E o melhor: qualquer pessoa pode participar, inscrição via site local (Brasil/COP30) seja como visitante, como voluntária ou propondo uma atividade própria.
Curiosidade: Muitas ideias que hoje pautam políticas públicas climáticas nasceram na Zona Verde antes de ganharem o aval oficial da ONU.
São dois espaços, mas com um desafio em comum: virar o jogo climático.
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