Tudo no celular

Que a tecnologia invadiu nossas vidas isso é um fato. É um caminho sem volta. O cuidado está em como utilizá-la da melhor forma evitando exageros e armadilhas.

Nesta semana me peguei refletindo sobre o celular. Há alguns dias estava saindo para deixar a minha sobrinha na casa dela e meu marido me perguntou se eu não iria levar bolsa? Mostrei meu celular pra ele e respondi, por impulso: “tudo o que eu preciso está aqui”, levantando o equipamento.

Foi uma atitude simples e natural, mas se pensarmos melhor temos muita coisa no celular. Não tudo é óbvio, mas o necessário para uma rápida saída de casa.

Aí vem um questionamento de marketing: será que o celular vai concorrer com a bolsa?

Quando nos referimos aos tipos de concorrentes sabemos que ele pode ser direto ou indireto. A concorrência direta oferece produtos iguais ou semelhantes a preços iguais, inferiores ou superiores a depender da tecnologia e qualidade embarcadas. A indireta não oferece os mesmos produtos, mas dependendo da estratégia utilizada, pode substituir determinados produtos, atingindo o mesmo público-alvo.

A segunda modalidade é um pouco mais difícil de identificar e, muitas vezes, nem o cliente e nem o empresário se apercebem disso.

Mas por que estou falando no concorrente indireto? Porque o celular, naquele momento, substituiu minha bolsa e meus cartões de débito e crédito.

Observe que no celular, além da agenda de telefones e acesso a diversos canais de comunicação, podemos ter: sua Carteira com os diversos cartões de débito e crédito baixados; Carteira de Habilitação, Identidade, CPF, SUS e Certidões (tudo pelo GOV.BR); aplicativos diversos de farmácias, jogos, viagens, hotéis, taxi; Bancos; Planos de Saúde e muitos outros acessos.

Assim, poderemos sair de casa com o celular e a chave do carro sem nos preocuparmos com o essencial. Sem ainda esquecer que a câmera que, invertida, poderá funcionar como um espelho. Aí seria necessário apenas um batom.

Claro que essa simulação para uma pessoa minimalista funciona bem. Pode parecer exagerada, mas também serve de alerta que, daqui a algum tempo, a bolsa será desnecessária. Mesmo para as mulheres que adoram aquela bolsa grande cheia de itens e miudezas.

E voltamos à pergunta: o celular concorrendo com uma super bolsa? Talvez sim. Uma concorrência que até então não imaginávamos ou não estávamos atentas.

Tecnologicamente falando, para uma saída rápida o celular é mais do que suficiente. Talvez uma bolsa pequena que caiba o equipamento e a chave do veículo pode ser admitida. Ah! Um batom também é importante, pois, como assisti num vídeo de humor: “não existe mulher feia, existe mulher sem batom” (para as que gostam, é claro).

Vale a reflexão, a tecnologia revoluciona o marketing.