Querido Papai Noel,
Esse ano, não fui uma boa menina. Eu precisei fazer escolhas delicadas e difíceis e, me parece, que a cada ano elas se avolumam entre os que se dizem adultos. Por isso, precisei ser rápida e prática e sei que eventuais dissabores e desacertos aconteceram. Com amor, cautela e alguma sabedoria, muito se encaminhou e outro tanto tomou o rumo próprio, pois ciclos encerram para que a vida aconteça.
Aliás, fiz algumas escolhas muito escolhidas, assim bem redundante, pois renunciei a um projeto pessoal e outro projeto profissional internacional, planejados com todo o detalhamento de quem viveu um 2022 incrível, supondo que a vida segue em linha reta ou ascendente. Presunçosa, não? A saúde e a doença caminham lado a lado e novamente minha família foi duramente testada.
Aprendi muito com saberes de conhecimentos de outros profissionais de áreas de formação e atuação tão diferentes e tão aplicáveis ao meu ofício e ao que acredito que, juro, posso reinventar seu trenó e suas renas. Suas entregas, também.
Por fim e não menos importante, não preciso ganhar presentes materiais. Tenho mais do que preciso e vivo uma vida com realizações, planos vários, sou cercada de amor e contentamento com a maravilha que é viver.
Eu fui uma boa mulher comigo, minha trajetória e meus processos, dentro e fora da análise, recalculei rotas e me sinto em paz.
Sabe, a vida possível é uma vida feliz. Depende da gente a felicidade. É gostoso partilhar a vida, mas tem dramas e memórias que não nos cabem. Saber e aplicar isso é um presentão!
Obrigada, Papai Noel.
Um dia a gente se encontra na Lapônia!
Beijos,
Arianne
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