O segundo semestre chegou — e com ele, a COP30 bate à porta:

Você sabe quem está por trás da engrenagem que vai movimentar o mundo a partir da Amazônia? O tempo da COP30 não começa em novembro de 2025. Ele já começou há muito tempo.
Nos bastidores de Brasília, Belém e Bonn, uma complexa arquitetura política, diplomática e simbólica está sendo montada para fazer da conferência da ONU sobre o clima um divisor de águas não só para o planeta, mas também para o Brasil e, especialmente, para a Amazônia.
Um levantamento recente da Talanoa, que mergulha na composição do “Time da COP30”, revela quem são os rostos por trás dessa engrenagem. São mais de 12 estruturas ativas, distribuídas em quatro pilares estratégicos:
- Cúpula de Líderes
- Negociações
- Mobilização
- Agenda de Ação
Sim, temos uma COP inteira em construção e ela é muito mais do que um evento: é uma estratégia de Estado.
Quem está no comando?
- André Corrêa do Lago, diplomata de carreira, Presidente da COP30.
- Ana Toni, referência em justiça climática, é a CEO da operação.
Juntos, eles coordenam um ecossistema que envolve desde negociadores climáticos até camadas inéditas de articulação, como o Círculo dos Povos e os Enviados Especiais por setor e por região do planeta.
- E no elo entre Brasília e Belém, Hana Ghassan, Vice-Governadora do Pará, ocupa um papel-chave no Comitê Estadual, garantindo que a COP seja também da Amazônia, com a Amazônia e para a Amazônia.
Um dos pontos altos? A estrutura de mobilização construída a partir de círculos temáticos liderados por nomes com legitimidade e capilaridade:
- Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, conduz o Balanço Ético Global, propondo que a ética entre no centro da discussão climática;
- Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas, articula os saberes indígenas e a força dos povos da floresta;
- Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, propõe uma reforma financeira verde com metas ousadas de financiamento global;
- E a primeira-dama, Janja Lula da Silva, lidera um eixo de mulheres, com foco em igualdade e participação.
Esse é um Brasil que negocia com o mundo, mas também se posiciona de forma autoral. Que articula diplomatas e lideranças sociais. Que propõe e escuta. Que transforma a Amazônia de símbolo de urgência em protagonista de soluções.
E nós, onde entramos? A COP30 é internacional, mas a responsabilidade é nossa. Cada empresa, consultoria, coletivo, liderança ou comunidade pode e deve se perguntar: qual é o meu lugar nessa conversa?
Porque se há uma certeza, é esta:
- Não existe transição justa sem participação.
- Não existe economia verde sem territorialização.
- E não existe COP30 sem Amazônia, mas também não existe Amazônia sem nós.
Estamos no tempo da escuta, da construção e do posicionamento. O momento é agora.
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