O que você sente quando faz compras?

Contentamento, prazer, mérito, poder, liberdade?

Euforia, dúvida, culpa, preocupação sobre o que os outros irão dizer?

Você compra por que está desatenta ou por que está conectada consigo mesma? Faz compras racionais ou compras emocionais?

Comprar é um verbo que dá casamento monogâmico: você com você, por uma vida inteira de ensaios, erros e acertos na jornada do autoconhecimento e do bem-estar desoprimido e desendividado.

A compra de um produto, aciona um termômetro modulador da tua autoestima e da tua autorresponsabilidade, transitando dos 36 aos 42 graus, sem febre alguma. Ele vai subir ou cair na mesma velocidade, após você passar o cartão, concluir o PIX ou assinar o contrato. Comprar coisas sonhadas, planejadas e escolhidas reafirma propósitos e merecimento, já se a compra for compensação emocional, pode dar ruim e a temperatura elevar.

Como recorte de assunto tão complexo, entenda que o ato de comprar desencadeia sensações de prazer e de autonomia. É motivador, reforça o otimismo e te afasta da dor. Você se sentirá plena, inserida nos padrões sociais ou usará seu dinheiro como subterfúgio para amenizar situações difíceis, onde a necessidade de algo novo vem como escape para o período de má sorte que anda vivendo.

No Brasil há um forte apelo pela compra de produtos baratos, celebrando a “terapia do varejo” e a carga emocional do eu também posso! Uma resposta rápida ao sentimento de pertencimento ou de alívio, com a aquisição de um brinco descolado da loja do China. Solução ligeira e que vai precisar ser realimentada o tempo todo, porque consumo sem critério pode virar dor de cabeça.

Que você saiba se presentear e também fugir da obsessão coletiva pelo materialismo. Da próxima vez em que for visitar o aplicativo da Shein, lembre-se: é preciso sutilizar-se para evoluir.  Você controla as suas emoções e não são elas que controlam você.

Boas compras!

Beijo beijo