Nem toda escuta está disponível no tempo que o coração precisa

Em algum momento da sua caminhada, você vai sentir uma vontade enorme de falar. De colocar pra fora o que pesa, o que incomoda, o que ainda não tem nome. Vai buscar acolhimento, clareza, ou só alguém que diga: “tô aqui, escuto você.”
Mas deixa eu te dizer algo que aprendi com o tempo — e com algumas dores também:
Nem toda escuta está disponível no tempo que o coração precisa.
E isso não é julgamento. É consciência.
Tem gente que vai te ouvir com os próprios medos, não com os ouvidos.
Vai tentar corrigir o que você sente, como se sentimento fosse erro.
Vai invalidar sua experiência, não por maldade — mas por incapacidade de sustentar aquilo que nunca teve coragem de olhar em si.
E se você não tiver clareza disso, pode acabar se diminuindo pra caber em ouvidos rasos.
E você não nasceu pra caber.
Você nasceu pra transbordar — com propósito, com consciência, com coragem.
Por isso, guarde essa chave:
Escolher com quem você compartilha sua verdade é um ato de sabedoria emocional.
Não se trata de se esconder, mas de se proteger.
Não é sobre silenciar sua essência, mas sobre reconhecer o valor dela — e colocá-la em espaços que honrem quem você é.
Você não precisa se explicar pra quem não quer entender.
Você não precisa se expor pra quem só quer te rotular.
Você precisa de presença, não de plateia.
Então, da próxima vez que sentir vontade de falar, respira.
Olha ao redor.
Sente se é o momento, se é a pessoa, se há verdade naquele espaço.
E se for, fale. Com a alma.
Mas se não for, silencie com sabedoria. O seu silêncio também pode ser um grito de amor próprio.
Porque quando a sua verdade encontrar um espaço preparado, ela não será julgada — será bem-vinda.
E esse é o tipo de conexão que vale manter.
“Mais do que estratégia, presença. Mais do que fala, escuta.” 💛
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