Holofote ou bastidor?
Olá, Donadelas! Essa semana trouxe uma reflexão: Você prefere holofote ou bastidor?
Esta pergunta me foi feita por uma empresária que foi “acusada” pela sócia de preferir estar sempre ao alcance dos holofotes e os bastidores sobrarem sempre para a “tal” sócia. Sei que nesse exato momento você já tem sua resposta, a minha é: Tanto faz! O importante é você estar bem e executar o que for de sua responsabilidade com eficiência.
Mas, Atenção!
Quando você tem uma sócia/sócio, precisa ficar atenta para as questões de relacionamento, pois é tendencioso as pessoas que são mais dispostas aos holofotes serem mais reconhecidas, e dependendo do grau de maturidade, inteligência emocional e ego, a sócia/sócio que fica no bastidor, pode se sentir desprestigiado, inferior e como aquele que “carrega o piano nas costas”. No caso dessa minha cliente, era exatamente o que estava acontecendo: a sócia estava se sentindo como “a que ninguém conhece, mas a que mais trabalha”.
O que fazer numa situação como essa? Quem gosta de holofote passa a fazer mais bastidor?
Não necessariamente, pois fazer holofote não é para todos e tenha certeza de que não é fácil, pois sabemos que é difícil construir e manter uma imagem, principalmente com as redes sociais, pois um vacilo, algo que “pareceu que você disse” pode destruir a sua imagem e a do seu negócio. A velocidade das redes sociais pede que os negócios estejam sempre mostrando novas soluções, novos produtos e a cara da dona. Estar em exposição o tempo todo, pode até ser muito legal, mas é cansativo tanto quanto para quem está nos bastidores.
Será que quem faz o bastidor consegue fazer o holofote?
Eu arrisco a dizer, nestes mais de 15 anos de consultoria e mentoria, que 90% de quem faz bastidor não gosta e não aguenta fazer holofote muito tempo. Sabe por quê? As pessoas que fazem bastidor naturalmente se colocam nessa posição. Então por que se sentem diminuídos? Vou dividir com vocês o que a sócia da minha cliente relatou, sobre duas óticas:
EMPRESARIAL
- Eu trabalho mais horas do que ela, eu abro e fecho a loja.
- Eu resolvo todos os problemas com os fornecedores.
- Eu que decido sobre todos os problemas administrativos.
EMOCIONAL
- Os funcionários gostam mais dela.
- Os convites de eventos sempre vêm no nome dela.
- Ela é que participa de entrevistas.
- Os clientes preferem falar com ela.
Quando começamos uma sociedade é natural todos fazerem um pouco de tudo e conforme o negócio vai estruturando vamos escolhendo a parte que mais detemos conhecimento ou nos identificamos. Enquanto ninguém se destaca está tudo bem, fica parecendo que nós decidimos juntos o que cada um faria, afinal no corre-corre da rotina vamos nos habituando.
Claro que a outra parte sob o holofote tinha outro entendimento:
- Eu vou a todos os eventos porque ela tem filho pequeno e precisa chegar cedo em casa.
- Ela é melhor do que eu com os fornecedores, mas eu faço negócio com os clientes sozinha.
- Ela sempre traz tudo resolvido para mim.
- Toda vez que tem que vender ou falar em público ela sempre diz, vai você!
- ELA NUNCA ME DISSE QUE SE INCOMODAVA COM O MEU JEITO.
Tanto no caso das minhas clientes como em outro que você já identificou aí, a solução está na comunicação e escuta. É preciso deixar claro o papel de cada um e nossas expectativas também, assim ninguém vai precisar escolher entre holofote ou bastidor. Cada um vai ocupar o espaço onde fica mais confortável e realizador.
E se você não tem sócia/sócio e não consegue fazer os dois, não perca tempo, busque ajuda de um profissional Mentor para encontrar a melhor solução.
E CORAGEM, a semana ainda não acabou!!!
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