Excesso nas redes sociais: PERIGO!

A cada ano, indiscutivelmente, a exposição em redes sociais, pessoais, profissionais ou em ambas as opções, aumenta de forma massiva. Há várias explicações para esse fenômeno: (1) começando pelo óbvio, são formadas por pessoas socializando entre si, onde (2) uma infinidade de aparelhos eletrônicos e suas excelentes câmeras a serem (3) testadas nas atualizações de filtros, vídeos e áudios dos aplicativos. Parece irresístivel, e é!


Vamos ao outro lado disso tudo, ideia central para começar nossa coluna em 2023: qual o limite da exposição de outra pessoa? Vivenciar momentos tensos nas redes, sabemos também, não é raro e costuma render curtidas, comentários, compartilhamentos, mesmo não sendo influenciador/a digital.


Pensando no tema pelo recorte da clínica Psi, esses momentos são de suma importância para entrar em contato com as atitudes absolutamente deselegantes que são reveladoras dos particulares excessos naturalizados dos outros meios de convivência, que se podem ter quanto ao uso da imagem de alguém das suas relações pessoais e das profissionais, também. Como perguntou Izabela Araujo, advogada e diretora do Conselho da Mulher Empresária na ACP-PA, em sua coluna no blog Donadelas: “já parou para pensar que a imagem é privativa da pessoa?”, como alguém que seguramente tem todos os requisitos profissionais para tal indagação.


Você me pergunta aí do outro lado sobre sua cliente que você quer dar prova documental do antes e depois para inspirar e encorajar outras mulheres, da alegria de ser ganhadora de sorteio, de mostrar seu espaço em máxima capacidade de ocupação, etc. Agora, pergunto eu: você sabe o quanto pode mostrar? Você sabia que convém perguntar se a pessoa quer ser registrada em foto ou dar depoimento em vídeo? Não tem muito erro, basta perguntar para a pessoa se pode: não é não, sim é sim! Aos colegas da área da saúde e empreendedoras do meio, um alerta sempre válido: os conselhos de classe têm normas técnicas específicas quanto ao uso consensual da imagem de cliente/paciente.


Dentro e fora do consultório, exemplo prático do que ouço faz anos sobre o parágrafo acima: você gosta na maior parte dos registros postados com você? Você já se sentiu contrariada vendo ambiente precioso e privativo seu sendo postado sem ser consultada? Ao menos, foi perguntada se podia veicular sua imagem?


Excesso para uns, absolutamente necessário para outros, não há como fugir de questões delicadas a conduzir: é preciso encará-las e mudar de atitude. Algumas pessoas são realmente mais sensíveis e é importante que você tenha disponibilidade e bom-senso.


Lembre-se não somente nesta sexta-feira, como de hoje em diante, que coisas que parecem pequenas e/ou bobas, juntas e com o passar do tempo, adiam seus planos quando avolumadas!  

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