Ética na tecnologia e inovação – transparência e responsabilidades

Mulher usando tablet com gráficos digitais e dados projetados no ar

Invariavelmente, a tecnologia está ligada às mudanças e inovações no mundo contemporâneo. E com tantas transformações tecnológica acontecendo torna-se fundamental que os profissionais de tecnologia, sejam estudantes, programadores e cientistas, operem não apenas com suas habilidades técnicas, mas também compreendam as implicações éticas de suas ações e os impactos de suas decisões junto à sociedade.

Muito tem se falado sobre as questões éticas e morais no campo da inovação e tecnologia. Essa pauta vem sendo debatida intensamente por governos, empresas, órgãos reguladores e a sociedade civil. E a discussão torna-se não só relevante, mas essencial para garantir um desenvolvimento tecnológico que seja, ao mesmo tempo, eficiente, responsável e inclusivo.

“Um exemplo são os algoritmos utilizados em sistemas de reconhecimento facial e decisões judiciais automatizadas. Sem a devida supervisão, esses sistemas podem reproduzir vieses raciais ou sociais existentes nos dados usados para treiná-los, resultando em discriminações automatizadas. A ética, portanto, atua como um filtro necessário entre o ‘poder fazer’ e o ‘dever fazer’”. (Chat GPT)

É importante destacar que a ética na tecnologia precisa se preocupar em responder perguntas como:

  • Quem se beneficia com a inovação desenvolvida?
  • Quem pode ser prejudicado?
  • Como garantir transparência e responsabilidade nas decisões algorítmicas?
  • Quais limites não devem ser ultrapassados em nome do progresso?

Nesse contexto uma das principais preocupações é a privacidade dos dados dos usuários. Ao dar prioridade aos questionamentos acima, torna-se possível desenvolver soluções mais humanas, seguras e sustentáveis. Essa atitude não impede o avanço tecnológico, ao contrário, amplia sua aceitação social, legitimidade e, principalmente o respeito ao usuário.

Sobre essas questões, a discussão global sobre a regulação da tecnologia destaca-se como crucial na garantia de que as inovações tecnológicas sejam utilizadas para o bem da sociedade. Desde a distribuição até o uso de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA), é fundamental estabelecer diretrizes e padrões éticos.

Segundo publicação do site https://tozzinifreire.com.br/ “O Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos – IEEE divulgou no final do ano passado a pesquisa “O Impacto da Tecnologia em 2025”, prevendo que a inteligência artificial (IA), a computação em nuvem e a robótica serão as áreas mais cruciais da tecnologia em 2025”. Vale a pena conhecer.

Esses temas podem moldar o cenário da transformação tecnológica para os próximos anos.

Como vemos, regulamentar esse campo da ciência e da inovação é importante para garantir o uso benéfico das tecnologias pela sociedade. Afinal, não há mais como retroceder.

No Brasil, o debate avança em ritmo mais lento, mas há iniciativas promissoras, com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.338/2023 pelo Senado. Após aprovação pela Câmara dos Deputados, o Marco Legal da Inteligência Artificial, promete garantir segurança jurídica e ética no uso da tecnologia, além de proteger os direitos fundamentais, com destaque para os direitos autorais.

Estabelecer uma estratégia que integre o governo e a iniciativa privada, pode fortalecer a posição do Brasil frente ao mercado global. Sem uma bússola da ética, corremos o risco de ampliar as desigualdades sociais e tecnológicas e gerar novas formas de exclusão. Inovar com responsabilidade é garantir que o progresso seja um bem comum, que preza pela privacidade de todos.

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