Dados para quê?

Participei de uma reunião há alguns dias sobre Inteligência de Dados, em que a principal discussão era sobre estruturar estratégias de Data Analytics com base em fatores de mercado.

A discussão estava tão técnica que confesso que me senti realmente “analfabeta” no tema. Dentre tantas explicações sobre Big Data e Data Science, um colega iluminado proferiu a seguinte pergunta: “se precisamos tratar Dados para traduzi-los e ofertá-los ao mercado, como podemos fazer isso se ainda não ouvimos o mercado?”

Me senti acolhida com essa pergunta. Temos compulsivamente buscado dados e informações através de pesquisas, estudos, sondagens e outros meios para traçarmos uma boa jornada do cliente. Mas nem sempre nos damos conta que não sabemos ouvir o cliente da forma correta.

Aí vem a pergunta: Dados para quê, se não sabemos o que fazer com eles?

Não estou de forma alguma condenando quem trabalha com Dados ou quem os utiliza para uma tomada de decisão de marketing. Estou questionando é se temos uma série de informações e não tomamos decisões sobre elas, de nada valem.

A literatura diz que o Big Data é um conjunto de dados, o Data Science é a ciência que os estuda e o Data Analytics é aquele que transforma os dados em algo que possa ser facilmente visualizado pelo consumidor. Vistos desta forma vemos há uma interdependência entre essas três áreas e que elas não podem ser dissociadas uma das outras.

Uma informação adquirida precisa ser tratada e bem aplicada para gerar lucro. Mas se você não sabe exatamente o que captar do mercado, não adianta adquirir sistemas caros de Data Analytics para não ser utilizado. Muitas vezes o bom uso de um sistema simples de cadastro pode ser útil.

Esse é um tema bastante atrativo e desafiador. Não tem nada a ver com Tecnologia da Informação, mas sobre decifrar informações sobre o mercado.

Vejamos um exemplo bem simples. Se você possui um banco de dados sobre seus clientes e souber minerar as informações ali contidas, ficará muito mais fácil identificar seus gostos, que produtos preferem, como compram, se gostam de promoções e que preços estão dispostos a investir.

Já contei aqui a história de uma amiga dona de salão que controlava com precisão o consumo de serviços de suas clientes. Ela sabia o dia em que um grupo necessitava fazer retoque de raiz ou uma hidratação profunda, ou ainda quando as unhas precisavam de um tratamento mais adequado. E tudo isso de forma bem simples, anotando o dia do atendimento, o serviço utilizado e o valor pago. Com esses dados ela calculava o dia do retorno da cliente.

Existem sistemas que fazem tudo isso, mas requer que você dedique tempo na análise do perfil desse cliente. Pode ser feito por você ou terceirizado para um colaborador ou empresa externa.

Mas de uma coisa fique certa uma pequena atitude em torno da correta utilização de um dado trará excelentes resultados para a sua empresa.

Experimente!

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