Clima e Origens: a preservação muito além da COP
A “Conference of the Parties” (COP) ou Conferência das Partes, é uma iniciativa global que reúne líderes e especialistas de diversos países para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Nesse contexto, a propriedade intelectual desempenha um papel crucial ao proteger e incentivar a inovação tecnológica voltada para a sustentabilidade ambiental.
A cidade de Belém foi escolhida para ser o centro das discussões climáticas no ano de 2025, dentro do cenário da COP-30, colocando a Amazônia em papel de destaque efetivo, uma vez que ao abrir suas portas para o mundo, passa a discutir seus problemas com a interação de quem os sofre diretamente, ou seja, o amazônida.
Um tema relevante que impacta diretamente na defesa do clima é a preservação dos saberes tradicionais e conhecimentos ancestrais relacionados ao meio ambiente, transmitidos ao longo de gerações por comunidades indígenas e tradicionais, uma vez que ao serem preservados inibem o avanço desenfreado de práticas que não enxergam seu valor, como o caso dos garimpos ilegais, por exemplos.
A propriedade intelectual tem o potencial de valorizar e proteger esses saberes, reconhecendo a importância cultural e ambiental desses conhecimentos. A proteção dos saberes tradicionais também pode se dar através das indicações geográficas, que são reconhecimentos legais atribuídos a produtos que possuem origem específica em determinada região.
Essa medida pode incentivar a sustentabilidade ambiental, promover o desenvolvimento econômico de comunidades locais e preservar a biodiversidade. Outro aspecto importante é a transferência de tecnologia e conhecimento entre países para fortalecer a resiliência climática em nações em desenvolvimento. A propriedade intelectual, por meio de acordos de licenciamento e cooperação, pode facilitar essa transferência, viabilizando o acesso a tecnologias limpas e sustentáveis.
A COP representa um espaço fundamental para a cooperação global na busca por soluções diante das mudanças climáticas. O empreendedorismo bem alinhado com a propriedade intelectual, aliada às indicações geográficas e à proteção dos saberes tradicionais, pode ser uma ferramenta valiosa para promover a inovação, preservar a biodiversidade e garantir o respeito aos direitos e conhecimentos das comunidades locais, contribuindo assim para um futuro mais sustentável e consciente ambientalmente.
Já passou da hora da Amazônia ser dona de seu protagonismo, na hora das discussões sobre o seu futuro, sentar na cabeceira da mesa, acompanhada é lógico de um mapará de Cametá e uma bela tigela de açaí das ilhas, com um punhado de farinha de Bragança e depois com uma sobremesa que leve queijo do Marajó e um chocolate feito com o cacau de Tomé-Açú.
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