Melhores juntas do que separadas
Estamos começando mais um ano e qual o cenário do empreendedorismo feminino?
Pesquisas e números divulgados na mídia, palestras e outros veículos revelam que, mesmo diante de todos os avanços já conquistados, e não foram poucos, o cenário não mudou tanto assim. Continuamos vendo os homens liderarem a maior parte dos centros de poder em todo o mundo, conforme o Fórum Econômico Mundial, somente daqui a um século mulheres e homens terão igualados seus direitos e oportunidades.
Isso é muito ou pouco tempo?
Acho que o que mais importa não é a quantidade do tempo, mas sim o que faremos durante este tempo. Precisamos trabalhar de forma firme e forte numa pauta universal defendendo que direitos das mulheres são acima de tudo direitos humanos. Usando todos os canais e espaços de fala para deixarmos claro que sabemos exatamente o que queremos.
Vivemos durante muito tempo sob mitos como: mulher não sabe lidar com dinheiro, mulher não sabe se defender, mulher não entende de negócios ou mulher não sabe o que quer, dentre outros grandes absurdos. Mas, bem diferente disto, as mulheres sabem sim o que querem.
Hoje temos mulheres como referência em diversas áreas que vão muito além da culinária, moda e beleza. Na área de investimento por exemplo, Nathalia Arcuri, no seguimento hoteleiro, Chieko Aoki, e se você nunca ouviu falar de Bedy Yang saiba que é uma empreendedora à frente de 500 Startups no Brasil e na América Latina, empresas como Conta Azul, Descomplica e Ingresse. E não posso me furtar de lembrar de Cristina Junqueira Vice-Presidente e uma das três fundadoras do Nubank. Sem falar de mulheres que assumiram nos últimos anos, cargos políticos em todo o mundo e vêm se saindo muito bem como Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia e Sanna Marin a mais jovem chefe de estado do mundo, primeira-ministra da Finlândia.
Este cenário nos mostra que as mulheres sabem sim lidar com dinheiro, com negócios e querem poder andar na rua sem medo, usar qualquer tipo de transporte publico com segurança, denunciar violência doméstica sem nenhuma culpa ou vergonha, ou seja, as mulheres estão prontas para buscarem o que precisarem. Inclusive o compromisso de empresas revisarem suas políticas de contratação, de cargos e salários e metas para eliminar a desigualdade dentro das empresas.
Para que essa agenda continue firme nesse propósito, precisamos nos manter atentas à sororidade, pois só uma segurando na mão da outra é que poderemos mudar essa realidade. Para Otega Uwagba, autora do livro Little Black Book, precisamos parar com a crença de que outras mulheres são a nossa competição:
“Fazer um esforço, genuíno e sentido, para apoiar outras mulheres no local de trabalho não só é gratificante como atrai bom karma. É um grande cliché, mas a crença de que as mulheres são as piores inimigas está enraizada na nossa sociedade. Somos melhores juntas do que separadas, e esta é uma das chaves para um mundo onde a igualdade de gênero é uma realidade”.
Confesso que eu acredito que mulheres boicotam mulheres, até mesmo por minhas experiências, mas gostaria de ouvir a sua opinião. Deixa aqui nos comentários qual sua experiência em relação à concorrência entre mulheres?
Excelente semana Donadelas!
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