Streaming em alta
Desde que foi criada no início dos anos 90 a tecnologia de transmissão de conteúdo digital Streaming só tem crescido. Muitos de nós pensam que é uma inovação recente, mas os seus primeiros experimentos iniciaram há, pelo menos, 30 anos atrás, quando a empresa americana Progressive Networks fez sua primeira transmissão com arquivos simples e reduzidos.
De lá para cá a tecnologia evoluiu muito e hoje ninguém consegue imaginar como era o mundo sem internet e sem o streaming. Através do armazenamento temporário de dados é possível transmitir conteúdos no exato momento em que são recebidos, sem precisar baixá-los, como era antigamente (os mais velhos devem lembrar o quanto era difícil fazer isso).
E quem vem navegando em mares calmos e tranquilos são as grandes empresas de produções cinematográficas e musicais. Plataformas como Netflix, Amazon Prime Vídeo, Disney, HBO Max, Spotify, Apple Music e tantas outras, vêm se organizando e adquirindo marcas reconhecidas no mundo do cinema e da música, para se manterem cada vez mais necessárias para os clientes.
É uma briga de gigantes, em que a conquista de cada espectador ou ouvinte é comemorada. E a IA (inteligência artificial) é uma das tecnologias a serviço dessa conquista. Com algoritmos cada vez mais inteligentes os clientes são mapeados e identificados por preferências que podem, ou não, influenciar na produção de filmes, séries, músicas e até shows.
Nesse mercado, ganha quem consegue cativar o cliente por mais tempo. E esse tempo não é só medido pelas horas ou minutos que o espectador está assistindo a uma série ou ouvindo uma música, mas pelos segundos que passa com seu mouse em cima de um banner ou assistindo a um comercial patrocinado nas redes sociais.
É a tecnologia de aprendizado de máquina (machine learning) nos mapeando e organizando uma infinidade de dados, para estabelecer padrões de consumo. Isso significa que o simples assistir a uma série na Netflix já estabeleceu um perfil de gostos, humor e personalidade, que serão utilizados num breve futuro para produzir mais séries, mais musicais, mais filmes. Como vemos é um ciclo que não para.
Observem que serviços de streamings como Netflix, Prime Vídeo, HBO Max e até mesmo a Globo Play estão competindo por atenção e tempo dedicado ao consumo de um deles. O desafio agora é do cliente, em não se deixar envolver pelo consumo extremo e comprometer seus recursos com inúmeras assinaturas que, algumas vezes são “mais do mesmo”.
Não sei se serve de consolo, mas o que seria de nós sem essa maravilhosa tecnologia?
Vamos maratonar?
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