À procura de um ideal: qual ideal?

Eu não sou da sua rua

Eu não falo a sua língua

Minha vida é diferente da sua

Estou aqui de passagem

Esse mundo não é meu

Esse mundo não é seu”

Hoje, vamos questionar? Sim, agora afirmando, vamos pensar juntas! Saibam vocês duas que quanto mais eu ensino compartilhando, mais eu aprendo. Conhecimento é para ser partilhado, revisto e, acima de tudo, questionado!

Pensar e existir, traz em si a força de que mesmo duvidando de todas as coisas no entorno, jamais se duvida da própria existência. Fazendo pontes entre o estudo na França e o blog Donadelas, vamos falar sobre a sociedade do cansaço?

A sociedade do cansaço é resultado da sociedade do desempenho. O que seria isso? Resumidamente, uma sociedade que você não sabe, mas está inserida: esgotada de ser multitarefa, de responder instantaneamente as questões ligadas à hiperconectividade que a internet promove e, o ponto frágil de muitas empreendedoras, ter uma perfomance irrepreeensível no trabalho. Vamos além, pois neste modelo de sociedade, trabalho e existência se misturam em um único papel e fica difícil diferenciar quem é quem, pois a pessoa é valorizada sendo multitarefa.

Se o seu parâmetro de máxima realização é o trabalho, talvez você, enquanto trabalha, enfrente momentos de ansiedade, depressão, solidão, burnout, insônia, dependência digital e medo. Em casos extremos, pensamentos suicidas e o uso abusivo de álcool e/ou de drogas. Há algumas semanas atrás deixei aqui o alerta para quem desloca para o trabalho as realizações não vividas em outros lugares.

Porém, viemos de uma sociedade disciplinadora, que com o tempo é substituída pela sociedade do desempenho. Estar sempre ativa é maravilhoso, mas você já se perguntou os porquês de tão ativa? De não conseguir parar e recalcular os planos e rotas?

Ser positiva não é poder tudo e sim encarar com otimismo possível as inevitáveis tormentas no caminho.

Eu não sou da sua rua,

Eu não sou o seu vizinho,

Eu moro muito longe, sozinho.

Estou aqui de passagem…”

Fadiga é não querer ou não poder pausar. Se você me leu até aqui, respirou fundo e ponderou que talvez esteja neste caminho. Há tanta vida por viver, tantos trabalhos legais a realizar, tantas ideias para lapidar, não é?

Uma ótima leitura e até a próxima semana !

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