O pós pandemia e os pequenos negócios
Nos dois últimos anos a pandemia foi a maior preocupação das empresas, especialmente os pequenos negócios. Empresas ligadas ao turismo e eventos foram as que mais sentiram, economicamente, os impactos do Covid. O número de empresas baixadas desse setor foi um dos maiores, segundo Pesquisa do Sebrae 2021.
Hoje, os efeitos da pandemia já não fazem parte das maiores preocupações das empresas. A incerteza econômica advinda de crises internacionais tem provocado significativo impacto no universo empresarial nacional, especialmente dos pequenos negócios.
O Sistema Sebrae, através de diversas pesquisas, acompanha o movimento das pequenas empresas no pós pandemia, bem como dos negócios que adotaram medidas inovadoras para se manterem competitivo no mercado.
A nossa proposta não é aprofundarmos nas análises econômicas, pois temos profissionais no Blog Donadelas que tratam com maestria sobre esse tema, mas apresentarmos dados e alternativas adotadas pelos pequenos negócios que tornaram possíveis a sua manutenção nesse cenário.
Podemos iniciar justamente pelo tamanho dos empreendimentos. Por possuírem estruturas menores e mais flexíveis a tomada de decisão é sempre mais ágil. A análise econômica do negócio e a rapidez em realizar ajustes físicos, financeiros e de recursos humanos faz com que as pequenas empresas se tornem mais adaptáveis às mudanças ocorridas no cenário econômico.
A prova é a 14ª Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae, entre abril e maio de 2022. Ela mostra que “as perdas dos pequenos empreendimentos são em média de 23%, demonstrando um movimento de recuperação”. A pesquisa apresenta ainda, que a crise impactou mais nos microempreendedores individuais. Nesse segmento o fato de a empresa – CNPJ ser confundido com a pessoa física – CPF, faz com que a recuperação seja mais lenta, pois as despesas empresariais se misturam às despesas pessoais, tornando mais lenta a recuperação.
Mas o que fez com que esses pequenos negócios apresentassem boa recuperação, além de sua reconhecida resiliência? Uma das atitudes foi inovar progressivamente. Apostar em mudanças de comportamento e atitudes, especialmente no digital.
Em maio de 2020, 41% dos pequenos negócios não vendiam pela internet e utilizavam muito pouco esse recurso. E agosto de 2022 esse número reduziu para 27%, segundo o Sebrae.
Em abril de 2022 dados apontam que 71% dos pequenos negócios utilizam as redes sociais, aplicativos ou internet para comercializar seus produtos. É um salto significativo frente a toda a dificuldade enfrentada nos últimos anos.
Hoje, a adoção de tecnologias mais simples até a adoção de alta tecnologia, como a Inteligência Artificial, faz parte da cultura das pequenas empresas. Adquirir sistema, melhorar seu parque tecnológico, adotar medidas mais inovativas são cada vez mais recorrentes. O acesso a novas metodologias de inovação, sistemas e equipamentos se apresentam com custos de mercado bem mais justos para os pequenos. E muitas empresas que trilharam por esse caminho estão colhendo bons frutos.
Percebe-se que os 20% de pequenos negócios que não adotam nenhuma atitude inovativa estão tendentes a deixar de existir. O segredo reside em estar atento às mudanças e inovar sempre nos negócios. Não existe economia favorável, equipamentos ou tecnologias acessíveis, se você não quiser mudar.
Reflita: o que estou fazendo para inovar na minha empresa?
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